Materiais:
Enviada em: 28/09/2017

Historicamente, em 1950 houve o processo de industrialização brasileira, que se associou ao uso de veículos motorizados. Nesse cenário, observou-se o desaparecimento do bonde, e o incentivo ao uso do ônibus e do carro. Assim, as cidades brasileiras saíram de uma mobilidade pública movida à energia elétrica, ou seja, limpa, para outra individual e dependente de combustíveis fósseis. Logo, ainda hoje não há ações que incentivam a redução da emissão de gases poluentes, por meio do uso de modais de transporte mais sustentáveis.    Em primeiro lugar, vale ressaltar que os governantes brasileiros desde o século XX, priorizam a aquisição de veículos individuais. Diante disso, o objetivo de Washington Luís, eleito em 1926, por exemplo, era abrir estradas e incentivar a construção de rodovias, por meio do estimulo à aquisição de automóveis. Nesse sentido, criou-se a cultura do carro em detrimento dos transportes coletivos. Ademais, o transporte rodoviário continuou a ser fomentado, em 1953, com o mandato de Juscelino Kubistchek, que tinha como prioridade articular as regiões brasileiras. De modo que ele incentivou o uso de veículos em todo território nacional, como manobra político-econômica para viabilizar a instalação de indústrias automobilística no Brasil.    Por outro lado, na contemporaneidade, a crescente motorização individual tem elevados custos econômicos e ambientais. Isso, porque, no país, ainda não há nenhuma política que viabiliza tornar os meios de transportes urbanos menos poluentes, e poucos incentivos para o uso de modais, como a bicicleta. Desse modo, a emissão de dióxido de carbono (CO2) oriunda de carros e motos, aumentou no Brasil cerca de 192% entre 1994 e 2014. Esse dado foi elaborado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), e divulgado pela revista Época. Assim, percebe-se que o excesso de automóveis nas ruas é um dos principais emissores de gases do efeito estufa, que acarreta o aquecimento global.      Fica evidente, portanto, a necessidade de tornar os meios de transporte nas cidades brasileiras mais sustentáveis. Logo, cabem às prefeituras, investir em ciclovias, por meio da ampliação das existentes e construção de novas, e também, deve incentivar a população a usá-las, com o intuito de substituir os veículos automotivos. Ademais, as escolas técnicas junto com as universidades, precisam investir em estudos que visam tornar os veículos coletivos e individuais menos poluentes. Isso deve ser financiado pelo Governo Federal, com a intenção de reduzir a emissão de gases que geram efeito estufa. É imprescindível também, que a mídia, por intermédio de campanhas publicitárias na televisão, induza a sociedade a reduzir a poluição, por meio da adoção de modais de transporte que não agridem o meio ambiente.