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Enviada em: 16/10/2017

No contexto social brasileiro, são recorrentes as discussões acerca da liberdade de locomoção do cidadão; isso, em virtude da falta de infraestrutura e o grande número de veículos em circulação no país. Diante dessa perspectiva, acreditar que a falta de mobilidade urbana não trará consequências ao meio social e ambiental é pensar insensato e negligentemente. Por conseguinte, medidas devem ser adotadas para resolução desse imbróglio.         Um primeiro aspecto a ser analisado é a herança histórica da política rodoviarista. Em seu governo, Juscelino Kubitschek incentivou a indústria automobilística com o objetivo de interiorizar o Brasil. Em consequência dessa ação foi observado um aumento no número de transportes individuais, que até hoje pode ser refletido nas estradas com o grande número de horas gastos com deslocamento por causa de congestionamentos.       Nesse viés, a falta de infraestrutura das estradas é outro fator a ser analisado. Sinalização, segurança, qualidade nas pistas e acessibilidade são condições precárias enfrentadas por motoristas ao tentar se locomover de um local a outro, colocando em risco a sua vida, as dos demais passageiros e a dos outro condutores. Logo, a ausência de investimentos nas vias é um dos motivos que fere o direito de ir e vir do cidadão.       Além disso, ainda pode-se pensar na falta de estrutura para ciclistas e a má qualidade dos transportes públicos. Muitos indivíduos preferem optar pelo uso de transporte próprio devido a falta de estabilidade que a grade maioria dos públicos oferecem. Por outro lado, a escassez de acessibilidade para pessoas que possuem bicicleta é outro fator que corrobora com a dificuldade de locomoção e o aumento de emissão de gases poluentes.       Para o líder ativista Nelson Mandela, todo problema deve ser enfrentado, e não ocultado. Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, que a mobilidade urbana brasileira enfrenta problemas, e para isso medidas precisam ser adotadas. Inicialmente, o governo deve destinar verbas para a melhoria da infraestrutura de rodovias, sinalizando, ampliando vias e aumentando a segurança do motorista, além disso, ainda cabe a esse órgão implantar ciclovias e melhorar a qualidade dos transportes públicos. Ademais, faz-se imprescindível que os meios midiáticos incentivem a utilização de transportes coletivos e limpos, diminuindo o fluxo nas estradas. Pode-se ainda trabalhar a semana do trânsito nas escolas, ensinando, desde cedo, diferentes formas de locomoção que não afetem a mobilidade. Ações assim, possivelmente, assegurarão o direito de ir e vir do cidadão.