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Enviada em: 06/05/2018

É notório que, desde o século XVIII, houve uma preocupação com o desenvolvimento de uma arte essencialmente brasileira - evidenciada, sobretudo, no Romantismo, nas obras de José de Alencar e Castro Alves. Entretanto, dada a resistência que os artistas nacionais ainda enfrentam na tentativa de se consolidar neste meio, observa-se que a persistência de tal questão baseia-se, principalmente, em dois fatores: a influência cultural externa e a negligência sofrida pela educação artística.     Em primeiro plano, é importante destacar que imperialismo cultural sofrido por ex-colônias de exploração dificulta a criação de uma identidade própria e restringe a liberdade artística à reprodução de um padrão, de forma a garantir ao produtor o mínimo de reconhecimento e remuneração. Desta forma, autores e/ou pintores que não o fazem são, muitas vezes, obrigados a migrar de carreira em busca de algo que lhe forneça maior estabilidade econômica.    Segundamente, observa-se um estímulo escasso à produção cultural, visto que, nas escolas, é apresentado conteúdo básico ao aluno e a carga horária, em geral, ocupa somente 1 dia da semana e dura dois tempos de 50 minutos ou menos. Além disso, mesmo que a Lei Rouanet, criada em 1991, tenha destinado recursos a este setor, seu orçamento federal tem diminuído progressivamente nos últimos anos, ao mesmo tempo em que o Ficart (Fundo de Investimento Cultural e Artístico), um de seus mecanismos, nunca foi implementado.