Materiais:
Enviada em: 30/04/2018

Em linhas gerais, a arte pode ser compreendida como a primeira forma de comunicação do homem, conectada à estética e à fruição, presente desde a Pré-História até os dias hodiernos. No Brasil, a arte passou a ser valorizada a partir da chegada da família real, que estabeleceu a Academia Imperial de Belas Artes no início do século XIX. Em 1922, a Semana de Arte Moderna foi outro marco artístico-cultural. Atualmente, a arte brasileira tem o desafio de produzir obras de forma significante, que discutam a sociedade, além da imitação da natureza e da expressão dos sentimentos.     Durante muito tempo, os artistas estiveram preocupados em criar obras que revelassem a natureza e a humanidade. Isso perdurou na arte greco-romana, norteando, por assim dizer, as produções do Renascimento, como se percebe no teto da Capela Sistina, pintado por Michelangelo. Essas tendências europeias influenciaram os artesãos brasileiros na arte barroca, bem como na neoclássica, que contou com a contribuição dos franceses. Ademais, outros artistas buscavam mostrar o seu universo interior, isto é, suas emoções pessoais e subjetividades, típico do romantismo europeu.      De acordo com o historiador Leandro Karnal, a arte no Brasil, por longo período, esteve sob influencia externa. A mudança só ocorreu mediante os movimentos modernistas dos anos 20, de modo a influenciar o tropicalismo - tendência artística dos anos 70 -, que criticou a sociedade do seu tempo. Esse tipo de arte é indispensável na atual conjuntura brasileira, que pode ser discutida através de quadros em museus, grafites nos muros da cidade, pinturas, gravuras, esculturas, músicas, teatros, filmes, fotografias etc.      Desse modo, para que a arte brasileira produza obras significantes, que discutam a sociedade do seu tempo, faz-se necessário que o Ministério da Cultura, usando Parcerias Público-Privadas, incentive os artistas, mediante bolsas de estudo e financiamento, a elaborar artes contextualizadas, a fim de fomentar na população uma reflexão dos dilemas vigentes. Ademais, o Ministério da Educação deve enfatizar, nos currículos escolares, o ensino crítico das artes, gerando novos artistas, que respeitem a diversidade.