Enviada em: 04/05/2018

Enquanto os americanos super valorizam seus artistas de rua e seus exuberantes grafites nas paredes californianas, o país do samba e da diversidade cultural não valoriza os seus talentos, trazendo muitos desafios para eles, como diversos preconceitos e a desvalorização do artista e da arte tanto no âmbito escolar como no governamental. Assim sendo, parte da história do Brasil acaba sendo apagada, visto que a arte é a expressão dos pensamentos, hábitos e concepções do artista e da sociedade.    Primeiramente, a arte sempre foi usada como forma de expressão, seja por meio das pinturas rupestres em cavernas, músicas como na época do tropicalismo, período que marcado pela ditadura militar, ou até mesmo através do grafite, desenhos coloridos em muros que mostram a concepção do artista sobre determinado assunto. Entretanto, no Brasil, o governo desvaloriza o trabalho desses talentos, visto que o prefeito de São Paulo mandou apagar esses desenhos dos muros da cidade, inclusive de nomes muito conhecidos como o do Eduardo Kobra, artista esse que tem diversos grafites fora do país, como o ilustre mural de Albert Einstein em Los Angeles. Além disso, os grandes nomes musicais do país, como Caetano Veloso, que criticavam indiretamente a ditadura em suas músicas, sofrem com o não reconhecimento e a desvalorização cultural por parte do governo. Dessa forma, o país tem uma diversidade cultural enorme, com grandes artistas do samba, MPB e artistas de rua, que, infelizmente, não são valorizados.      Paralelamente a isso, a arte é sinônimo de construção da identidade nacional e respeito aos artistas. Entretanto, há um deficit do ensino das artes nas escolas e sua falta faz com que ocorra diversos tipos de intolerância e preconceito às expressões artísticas como o funk e o grafite, confundido diariamente com pichação. Assim sendo, como disse Helen Keller, o resultados mais sublime da educação é a tolerância, ou seja, sem o ensino artístico não ha tolerância e, com isso, os artistas enfrentam o desafio de driblar tais visões para mostrar o quão enriquecedora a arte é.     Em suma, o Brasil tem uma enorme diversidade cultural, porém pouco incentivo aos seus artistas. Com isso, o ministério da cultura junto aos artistas podem organizar feiras destinado a todos os públicos, em espaços públicos, com entrada gratuita e realizem a venda a preço acessível de grafites em quadros, com o intuito de conscientização de que grafite é arte, além do seu incentivo nos muros do país. Além disso, o MEC junto as escolas devem mudar a grade horária de todos os alunos acrescentando o estudo das artes, que será ministradas por professores de artes cênicas, com a ideia de expandir a percepção do aluno sobre o que é arte e,assim, diminuir os preconceitos existentes, pois como disse Immanuel Kant: o homem é aquilo que a educação faz dele.