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Enviada em: 01/05/2018

A lei Rouanet de 1991 assegura que qualquer manifestação cultural deve ser respeitada e valorizada. No entanto, as propostas da lei que é reconhecer toda a produção artística não é praticada, especialmente no Brasil, devido a desafios relacionados a passado e preconceito.    Deve-se pontuar, de início, que o passado histórico do Brasil enfatizava um obstáculo em se estabelecer uma arte genuinamente brasileira devido ao maior costume de se observar a arte com traços europeus. Nesse sentido movimentos como o modernismo, a tropicália, o rap e o grafite, objetivavam formar uma arte em que traços brasileiros se fizessem bastante presentes, seja em forma de poema, música ou desenho. Entretanto, tais movimentos sofreram diversas críticas por serem considerados, em algumas vezes, como infames.    Diante do exposto, atualmente a produção artística sofre cada vez mais com preconceitos, principalmente a relacionada com o grafite, na qual os pichadores são vistos como prejudicadores da beleza do espaço urbano por realizarem desenhos em qualquer lugar da cidade. Todavia, a sociedade deve reconhecer que esses pichadores, na maioria das vezes, retratam o subjetivo, o sentir, o apelo social, já que para o dramaturgo George Bernard Shaw, "os espelhos são usados para ver o rosto, a arte para ver a alma".    É evidente, portanto, a dificuldade da valorização da produção artística no Brasil. Dessa maneira, o Estado precisa destinar mais atenção para o meio artístico, por meio de mais verbas, para os artistas levarem adiante os projetos culturais. Também, as escolas devem atuar no processo de construção cultural do aluno, por meio de palestras, visitas a teatros ou bibliotecas, para o aluno se tornar mais crítico e responsável no futuro. Além disso, o meio midiático deve se manifestar em comerciais televisivos e em redes sociais para maior engajamento social, por meio de debates ao vivo, campanhas e manifestações públicas. Assim, o fazer artístico ganhará o seu valor e o Brasil avançará culturalmente.