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Enviada em: 06/05/2018

"A arte diz o indizível, exprime o inexprimível, traduz o intraduzível", assim se expressa o pintor italiano Leonardo da Vinci sobre o fazer artístico. E é nessa logística que o artista sempre incomodou os olhos e os ouvidos de quem prioriza a ignorância do povo. Dessa forma, as produções artísticas brasileiras perpassam por questões econômicas e políticas que corroboram para a sua resistência e seu entrave.      Convém ressaltar, a princípio que a produção artística não consegue se sustentar sozinha e fica à mercê do financiamento de empresas privadas e da burocratização de empresas estatais. Nesse tocante, a arte tomada como produto, entra na lógica do mercado e instiga o consumismo por meio da mídia, com as suas variadas formas de entretenimentos, dificultando e impedindo que as camadas populares tenham acesso a outras produções, tais como teatros e cinemas.Tal fato se reflete nas ideias do pensador e poeta brasileiro contemporâneo  Leandro Flores de que um povo sem cultura e sem arte é um povo sem identidade.   Outrossim, consoante ao pensamento do dramaturgo alemão Bertolt Brecht de que o acesso à cultura está entrelaçado ao poder, é comprovado que a obtenção de tal recurso é detido pelo governo e consequentemente, é privilégio de poucos. Nesse ínterim, o Estado pouco investe e  põe obstáculos na democratização da arte, que por sua vez, impõe o que será produzido e assistido. Entretanto, a ignorância cultural, priorizada pelas classes dominantes em detrimento do conhecimento, promove fechamento dos olhos da maioria das pessoas para questões maiores.    Diante do supracitado, é mister que o Poder Público Estadual e Municipal em consenso com o Federal atuem patrocinando atores, grafiteiros e pintores, a fim de tornar mais acessíveis suas produções a toda comunidade. Ademais, cabe também  às Escolas, em consonância com o meio artístico, incitar a arte nas crianças e nos jovens, não para formar artistas, sobretudo para transformar o olhar do mundo, para que o país não se torne uma nação cega de valores suspeitos e com sujeitos alienadas.