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Enviada em: 05/05/2018

Apesar de conhecido como país multicultural e artístico, na realidade, o Brasil enfrenta uma grande problemática em seu desenvolvimento neste quesito. A arte a muito é conhecida como uma atividade de elite e, de fato, nem todo o artista tem o privilégio de se dedicar em tempo integral ou acessar os instrumentos adequados para o seu trabalho. Além disso, faltam espaços para exposição de obras menos tradicionais e que sofrem preconceito por parte de tradicionalistas. Para fazer valer sua imagem, o Estado precisa investir em educação artística e maiores incentivos aos artistas locais.      Vivemos numa sociedade em que o caminho de um artista para o reconhecimento é tortuoso. O esteriótipo a qual foi submetido expõe a arte como vadiagem e não como transformador social. Os grafites na rua são um exemplo de expressão não reconhecida pela sociedade tradicionalista, que ao agir assim repete o momento em que foi exposta a obra "A fonte" de Duchamp, que seguia o movimento dadaísta, com espírito de protesto e provocação, além de intencionalmente atacar a forma de arte clássica, o que também podemos ver acontecer na arte urbana.        Ao criar Grafitódromos o governo limita a expressão artística como quadros que são colocados em museus. Se esconde essa forma de arte de modo que a sociedade não veja a cidade "suja", quando se deveria disponibilizar lugares para expô-las. A visão tradicional dos apreciadores da arte é resultado de uma educação não acessível por todos, o que gera uma elitização das produções e espaços artísticos e uma discriminação de suas outras formas.         Para deselitizar a produção artística o Brasil precisa, através da mídia, promover todas as suas formas de expressão, assim como investir em artistas locais e em espaços públicos para exposição, promover concursos e criar academias de ensino de artes. Por fim, se deve propor a inclusão do estudo de história da arte nas escolas, de forma que crianças e adolescentes  possam formar uma visão própria sobre o assunto.