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Enviada em: 07/05/2018

Em 1917, a pintora Anita Malfatti fez uma exposição em São Paulo, onde foi hostilizada e teve sua arte julgada como anormal pelo escritor Monteiro Lobato. Nesse contexto, após um século do ocorrido, o Brasil ainda vivencia desafios na produção artística contemporânea. Haja vista analisar o papel da escola como fundamental na arte, relativo ao preconceito artístico sobre o grafite no meio da sociedade.    Em primeiro lugar, um dos fatores associados a esse problema é o pouco incentivo ao ensino da arte nas escolas. Visto que a grade curricular no cronograma escolar está reduzida. Segundo a professora Roberta Puccetti, diretora da faculdade de Artes da PUC, o ensino de arte na escola não é valorizado porque a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), não tem uma regulamentação específica para aulas, o que faz cada estado lidar com um ensino de artes. Em consequência disso, a falta do ensino de arte nas escolas, gera um preconceito no âmbito social, pois as pessoas acabam não sabendo apreciar os vários tipos de artes.   Além disso, é válido ponderar que no Brasil há um preconceito categórico perante o âmbito da arte do grafite. A sociedade e seu estereótipo que culmina no menosprezo a expressão artística do grafite como vandalismo, o grafite é alvo de discriminação no cenário nacional. Um exemplo, o ex-prefeito de São Paulo - João Dória em 2017, ordenou a substituição dos grafites presentes na cidade, por pintura cinza. Desse modo, fica evidente o desprezo relacionado a algumas manifestações artísticas, impedindo o artista a ter sua livre expressão sobre a arte.   Logo, é imprescindível que medidas sejam tomadas, é necessário não só mudança do pensamento social, como também medidas governamentais. Portanto,  cabe ao Ministério da Educação, criar uma Lei aumentando a carga horária da matéria de arte, por meio de um professor formando em arte para que possam realizar aulas mais temáticas e expositivas, buscando disseminar aos estudantes, uma visão da arte como algo intrínseco à formação cultural e de acesso universal. Ademais, é cabível ao Município, deve liberar espaços para que possam os grafiteiros expressar sua arte, juntamente com verbas que incentivem os artistas a manifestarem suas artes. Dessa forma, a sociedade cresceria sabendo respeitar todos os movimentos artísticos e estimularia os jovens a exprimir-se a cultura da arte.