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Enviada em: 05/05/2018

Nos ''anos de chumbo'',arte era algo pré-selecionado e burocratizado de acordo com interesses políticos do atuante governo autoritário; em 1939 o ''DIP'' tinha a principal intenção de disseminar as ideias de Vargas daquele período, e censurar o que não o agradava.Na contemporaneidade,o viés de produção cultural não foge do arcabouço histórico que a arte carrega,pois além de estar alinhado com interesses políticos, é acompanhada da burocratização para a produtividade artística no Brasil.Pontos nevrálgicos que são imprescindíveis para o empoderamento sobre arte e cultura são:a sofismável aplicação de leis que financiam as obras artísticas e a inoperância estatal no que tange a execução e a seleção imparcial das obras que serão subsidiadas.       A priori,Adorno e Horkheimer perceberam que a cultura e arte propagada era aquela que tornavam as pessoas acríticas, e também movida por interesses de classes sociais elitizadas.Esses filósofos ratificaram os ideais corrompidos da propagação, expostos antes mesmo da ditadura militar.No Brasil,vários são os projetos propostos ao Ministério da Cultura,mas pouco são aqueles que atendem aos interesses políticos e sociais dos que estão à frente desse encargo,arrefecendo assim o propósito dos artistas atuais,que é propagar a cultura e a arte do universo em que vivem com criatividade.      Outrossim, a falta de acesso das classes populares relaciona-se com a falta de incentivo aos artistas independentes,que geralmente são originários daquelas.Questões de ordem econômica,política e social cruzam-se para tornar dificultosa a produção cultural e, consequentemente, a formação do público para essas produções.Principal mecanismo de ''fomento'' à cultura do Brasil, a Lei Rouanet estabelece normativas de como o Governo Federal devia disponibilizar recursos para a realização de projetos artístico-culturais, mas com a agitação política hodierna,os recursos disponibilizados são insuficientes à demanda produtiva apresentada,sufocando assim a geração da reflexiva e substancial arte.     Impende-se portanto,diretrizes para atenuar tal contexto problemático inferido à nação.O Ministério da Cultura em conjunto com empresas privadas,deveria subsidiar projetos artístico-culturais que incentivam o interesse em produção artística.Os mesmos iriam expor relatos de indivíduos que conseguiram alavancar seus programas com a ajuda do Governo Federal,com o objetivo de recuperar a confiança dos cidadãos brasileiros e impulsionar aqueles que não confiavam no governo para patrocinar sua obra.O Poder Judiciário teria que aumentar a fiscalização na execução e eficácia da lei que financia os projetos culturais,realizando rondas no processo de aprovação para o financiamento,com o fito de assegurar o êxito e a aplicabilidade aos que têm direito.Assim, poder-se-á efetivar o axiomático progresso do Brasil.