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Enviada em: 07/05/2018

No limiar da década de 80 no contexto do regime militar, o Brasil vivenciava um sombroso período de repressão, sobretudo, nas artes. Todavia, nesse ínterim foram visíveis exemplos polivalentes das primeiras manifestações artísticas nos muros de São Paulo. Contemporaneamente, o sentido de arte mudou, transfigurando-se como parte inerente do corpo social. Conquanto, a admissão de elementos como livros, cinema e teatro ainda é moroso, o que se deve aos altos preços praticados no país. Em consonância, a escassez de espaços físicos difusores de cultura e à baixa instrução da maioria do brasileiro, reintegra- se em desafios da produção artística no Brasil.      Mormente, é indubitável que em comparação com as primícias de nossas raízes históricas até o sodalício em que vivemos, que o aumento dos preços de acessos aos meios culturais medrou. Como ratifica os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que 70 % das cidades brasileiras apresentam ausência de livrarias, salas de filmes e teatros. Nessa acepção, as prefeituras precisam se mobilizar e fornecer mais opções destinadas a cultura. Logo, com a ampliação e a compreensão da produção cultural, permite ao corpo social que se desenvolva de instrumentos de expressão e construa uma consciência crítica diante do mundo em que se insere.          Outrossim, parafraseando o poeta Ferreira Gullar o qual alega que “A arte existe porque a vida não basta”. Nesse âmbito, a produção cultural é a parte inerente de uma existência plena. Entretanto, no país é grande a ausência de espaços físicos difusores da produção artística, além da desigualdade social, espacial e da desorganização das cidades. Sendo assim, uma parcela da população é levada para a pichação, majoritariamente negros e pardos, uma vez que a verba destinada a cultura desses jovens periféricos são rudimentares, imbróglio ligado intrinsecamente com a história do país. O que visa impreterível o seu combate, vertiginosamente.           Diante desse prisma, são imprescindíveis parâmetros que visam atenuar os desafios da produção artística no Brasil. Destarte, é mister que o Estado, por seu caráter socializante, deverá direcionar investimentos para a concessão de elementos artísticos, por meio do poder Judiciário, conceber promoções de grupos desprivilegiados socialmente e estabelecer leis que ampliem os espaços de difusão para as artes de jovens periféricos que precisam de incentivo para suas obras. Ademais, urge que a mídia, por meio de programas de televisão, campanhas e redes sociais transmita e propague a diversidade cultural, com pressuposto de elucidar e desmistificar receios populacionais. Por fim, democratizar e enaltecer a arte ,pois como proferido por Ferreira Gullar o desinfluir da arte torna- se a vida mais amena.