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Enviada em: 01/05/2018

Desde meados do século XV, nas sociedades gregas, entende-se a produção artística como forma de expressão do sentimentalismo humano. Entretanto, quando se observa esse acervo cultural no Brasil, hodiernamente, verifica-se uma inversão de valores, na qual a arte deixa de ser um patrimônio histórico e passa a ser alvo de recorrentes ataques. Nesse sentido, convém analisarmos a precariedade nos incentivos fiscais, bem como os movimentos de resistência que permeiam essa situação.   Primeiramente, é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Consoante o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser organizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a precariedade de investimentos nesse setor rompe essa harmonia, haja vista que as verbas destinada ao pagamento dos artistas ainda se encontram em situação de calamidade e  se quer cobrem o custo da sustentação do seu próprio projeto. Não obstante, a preferência por artistas de renome nacional em oposição ao produtor local acaba por ofuscar uma cultura, que deveria ser valorizada e respeitada como as demais.   Outrossim, destaca-se os movimentos de resistência artística como suplemento dessa situação. As formas de produção vão desde pintores, escultores e inclusive músicos, que passam por meio de suas obras mensagem como por exemplo o amor ao próximo. Além disso, expressões como o grafite urbano mostram a transição de um meio social, no qual de vandalismo o mesmo se tornou objeto integrante do paisagismo contemporâneo. É baseado nesses aspectos que surgem os movimentos de contracultura, a exemplo dos hippies, que ainda são alvos de constantes preconceitos apenas pela sua forma alternativa de vida.   É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, o poder público, na figura do Ministério da Fazenda, deve realizar maiores investimento na produção artística do país, com o fito de incentivar artistas a produzirem cada vez mais e inclusive aumentar o acervo cultural brasileiro. Somado a isso, é imprescindível que a imprensa socialmente engajada promova uma maior reflexão sobre as formas alternativas de cultura, a fim de que se reduza o preconceito ainda encrustado no conservadorismo exacerbado. Como já dito por Martin Luther King: "Todo hora é hora de fazer o que é certo".