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Enviada em: 02/05/2018

No período renascentista, a Europa "respirava" arte com grandes obras como: "Mona Lisa" pintada por Leonardo da Vinci e a pintura do teto da capela Sistina por Michelangelo mas, para isso, a Igreja Católica e os Mecenas -como era conhecida a nobreza dessa época- foram os investidores principais das artes, já que o desenvolvimento cultural era prioridade a eles. Hoje, infelizmente, há pouca sensibilidade do Estado para investir nos artistas, logo muitos são negligenciados pela falta de financiamento. Nessa perspectiva, cabe discutir a desigualdade social relacionada às projeções artísticas e os desafios enfrentados durante a história do Brasil.       Inicialmente, é válido destacar que a propagação de cultura por meio das artes sempre foi um desafio para os desfavorecidos economicamente. Isso porque, desde o período Barroco, quando começaram as manifestações artísticas seria quase impossível a dedicação total ao desenvolvimento da cultura, uma vez que os financiamentos sempre foram muito baixos. Infelizmente, o pouco investimento estatal às artes perpassaram os séculos, assim sendo o responsável pela "morte" artística de muitos contribuintes à propagação da cultura. Essa situação pode ser associada ao percurso de vida do artista plástico mais importante do país no século xv, " Aleijadinho" como era conhecido, que dedicou sua vida às artes mesmo com limitações, o qual morreu pobre e doente.       Convém pontuar, também, a desigualdade social como mentora dos desafios da sociedade artística. Isso acontece devido a falta da essência "Dadaísta" ser institucionalizada pelo Ministério da Cultura, em que não há padronização para a arte. Nesse contexto, passa a existir lacunas relacionadas ao que se é considerado arte no Brasil, por os governantes poderem atuar de acordo com a opinião artística deles e não ao exercício do respeito à todas manifestações culturais. Dessa forma, é notório o preconceito contra as artes marginalizadas sob as elitizadas, já que carrega, geralmente, críticas sociais. Tal fato pode ser entendido com a decisão do prefeito da cidade de São Paulo em apagar os painéis de grafite de uma avenida, como parte do programa "São Paulo cidade linda".       Ressalta-se, portanto, que há necessidade de maiores investimentos e visibilidade à propagação cultural no Brasil. Para isso, é crucial a criação de projetos que possam gerar oportunidades para os artistas obterem apoio socioeconômico suficiente para se expressarem, por meio de suporte estatal, em parceria com instituições privadas. Ademais, deve haver interesse do Ministério da Cultura em vetar ações preconceituosas contra às artes, atuando com o legado: "tudo é arte", com a colaboração de ONGs. Desse modo, ocorrerá o envolvimento dos pilares sociais responsáveis pela cultura e política na formação de uma sociedade com oportunidade de expressão artística, assim como no Renascimento.