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Enviada em: 02/05/2018

Limite. Censura. Proibição. Essa é a realidade enfrentada para a produção artística no Brasil. Cheio de obstáculos, manifestações por meio da arte são, historicamente, acompanhadas de diversos limites impostos pelo governo e população. Lamentavelmente, o conceito de arte elitizada e a intolerância contra a liberdade de expressão desestimulam os artistas de se manifestarem no país.    Segundo o estudioso Burke, arte é tudo aquilo que é belo e causa sensação de harmonia. Todavia, essas impressões variam de cada um, tornando vago o conceito de arte. Nesse sentido, sem uma definição prévia, manifestação artística passa a ser algo apreciado pela elite detentora de poder, que tende a desconsiderar qualquer expressão vinda da massa popular. Dessa maneira, tudo que represente a população socialmente excluída encontra empecilhos para ser considerado como arte.     Nessa perspectiva, quem detém de poder torna-se intolerante à liberdade de expressão de quem é contra seus ideais. Analogamente à Ditadura Militar, em que era censurado qualquer crítica ao governo, exposições como a Queermuseu, no Rio Grande do Sul, são canceladas por apresentarem temas que vão contra o que instituições religiosas defendem. Parafraseando o filósofo Coldry, a voz é o que comprova a existência humana. E esses limites na liberdade de expressão são uma forma de calar a voz do artista de se manifestar.     Diante do exposto, é notório que os limites impostos a produção artística são um obstáculo. Logo, o Ministério da Cultura em parceria com a mídia precisa difundir a ideia de arte como manifestações culturais. Por meio de programas, que passem em horário nobre nos televisores, a arte deve ser apresentada como livre e desvinculado da elite. A fim de beneficiar os artistas, essa medida otimizará a produção artística no Brasil.