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Enviada em: 03/05/2018

A arte é um fator coexistente com a história da humanidade, visto que a mesma tornou-se parte do cotidiano de diferentes épocas como forma de transpor a realidade desses indivíduos através de uma produção artística. Pode-se afirmar que a mesma foi capaz de exercer diferentes funções que a tornaram essencial para a construção e demonstração da cultura de diferentes grupos sociais. Entretanto, na contemporaneidade brasileira a produção artística - principalmente aquela oriunda das classes mais baixas - ainda é desvalorizada e vitima da repressão, fatores que são observados através da falta de estímulos a produção e pela desvalorização da mesma como profissão.        Se as classes sociais mais baixas são desvalorizadas, a produção artística por elas produzidas também serão. Nos grandes centros urbanos observa-se a presença de intervenções sociais diretas, como Grafite - que transpõe mensagens através dos desenhos -. Essas produções, em sua maioria, apresentam conteúdos que reivindicam  mais visibilidade para a população de baixa renda, que buscam a resistência dos negros e mudanças na política. Observa-se, que apesar do conceito qualificativo da arte ser subjetivo a cada individuo, produções com estes conteúdos acabam sendo mais desvalorizados e ignoradas. Demonstrando que fatores como a desigualdade social não está presente apenas nas diferentes oportunidades recebidas por essa parcela da população.       A desvalorização é presente não apenas na qualificação das artes, mas na ausência de estímulos a  sua produção e a profissionalização. A falta de estímulos a produção artística é evidenciada pelo baixo número de cursos profissionalizantes voltados a essas áreas, bem como pela carga reduzida obrigatória na grade curricular de ensino oferecido pelas instituições públicas. Além disso, a baixa remuneração desses profissionais associada a repressão a produção dos mesmos, contribui para que jovens, sintam receio de dar continuidade a esta carreira.       Portanto, torna-se necessário a instituição de medidas paliativas que auxiliem na valorização destes profissionais e de suas respectivas produções. Primeiramente, que o Ministério da educação crie um programa de incentivo a produção artística nas escolas, atuando a partir da aplicação de atividades extra-curriculares que gerem bonificações extra a alunos que optarem pelo seu desenvolvimento, estimulando assim, a produção desde a formação educacional. Seguidamente, pelo o aumento de cursos profissionalizantes voltados a estes artistas, bem como a instituição de um piso salarial médio para evitar a baixa remuneração dos artistas. Dessa forma, a valorização destes profissionais será finalmente atingida, garantindo o progresso sócio-cultural do Brasil.