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Enviada em: 06/05/2018

Cidadania legítima e plural    Funcionando como a primeira lei de Newton, a lei da inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando-o de percurso, os empecilhos na criação artística no Brasil são vultuosos. Com isso, ao invés de funcionar como agente satisfatório capaz de mudar o percurso desse problema, de impetuosos para atenuados, a combinação de pífios incentivos educacionais com uma ideologia segregacional contribui para a situação atual.           Convém ressaltar, a princípio, que a pouca valorização da produção de arte precede a sua marginalização, pois não há incentivos, educacionais e midiáticos, essa prática ruína frente ao estigma social. Em virtude disso, ocorre a centralização das expressões artísticas consideradas corretas corroborando com os ideias do fato social de Durkheim, em que o coletivo influencia o indivíduo e torna os hábitos desse controláveis, a fim que haja algumas atividades artísticas sejam inferiorizadas. Dessa maneira, vê-se esse contexto empregado na Ditadura Militar no Brasil, no qual expressões contrárias ao regime eram censuradas, assim o cenário macróbio dificulta, ainda mais, a mudança no percurso atual.    Além disso, o ínfimo investimento no ensino das artes no país propaga um ideal nefasto, visto que há pouca expressão da população nesse campo e consequente escassa descrição histórica nesse meio. Dessa forma, a educação representa a projeção da sociedade para avanços, que incluem sua produção artística, ratificando o sociólogo Florestan Fernandes. Ademais, em contraponto a realidade brasileira a civilização egípcia reconhecia a importância das artes estabelecendo nessa uma forte expressão do seu legado, uma ilustração histórica que exemplifica qual deve ser o cerne para a mudança atual.            Evidenciam-se, portanto, significativas dificuldades na produção artística no Brasil que lesa inúmeras cidadãos. Por conseguinte, as secretarias estudais e municipais de educação devem intensificar os investimentos na elaboração de artes, por meio de parcerias com os setores privados, na qual haja a divulgação dessas empresas no setor educacional, a fim de que com o capital divido haja efetividade nos investimentos e melhor uso desses, pois com a junção de verbas e seu legítimo uso ocorra satisfatórios avanços no meio artístico. Outrossim, as emissoras de TV podem ter uma melhor filtragem de desses conteúdos retirando aqueles que podem influenciar a sociedade a segregar ocupações que não sejam consideradas privilegiadas, para que a igualitariedade seja mais difundida e influenciável. Só assim, funcionando como a força descrita por Newton, mudando o percurso do problema, aumentam as chances de se alcançar uma cidadania pragmática e realmente legítima e plural.