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Enviada em: 05/05/2018

A Privatização da Arte Entre os poderes da arte,encontra-se a capacidade de traduzir sentimentos em palavras ou estruturas físicas.Nas pinturas,Van Gogh só receberia o devido reconhecimento anos após a sua morte,assim como vários outros artistas renomados que não usufruíram da fama em vida.No Brasil,essa realidade não se mostra diferente,a falta de democratização do conceito de arte, o baixo reconhecimento de atividades artísticas e a falta de políticas públicas de incentivo caracterizam a desvalorização nacional.   Em primeira análise,é notório a insistência da falta de valorização cultural em baixas camadas sociais,tornando a denominação de arte restrita à alta sociedade.Segundo o filósofo Immanuel Kant,para julgar algo belo é preciso de sentir prazer naquilo,“chamar atenção” dos sentidos,dessa forma a percepção de beleza é construída através do subjetivismo,demostrando a capacidade inerente à todos independente da condição social.Torna-se claro,nesse sentido que a arte não se restringe à níveis superiores mas a qualquer indivíduo,demonstrando que o fazer artístico é disponível à todos.   Além disso, a falta de reconhecimento e visibilidade contribui para o esquecimento de obras com valor inestimável para o corpo social.Essa realidade aponta para artistas que não possuem seus trabalhos valorizados por grandes meios de circulação devido a não responder aos parâmetros impostos pela sociedade em que está inserido,como o escrito Lima Barreto que teve o prestígio de suas criações somente após a sua morte,pois os preconceitos da época inviabilizaram o escritor. Trazendo a tona, a intolerância persistente que impede talentos de se manifestarem por não possuírem aptidões ''básicas''.   Ademais,a falta de políticas públicas de incentivo às produções artísticas configuram uma crescente situação de queda na tradição nacional.De fato, a necessidade de estímulos a esta área proporciona uma desvalorização nacional de um território abundante culturalmente e reconhecido em outros países,proporcionando a falta de pertencimento e orgulho de uma nação oriunda de vários territórios,limitando não somente tradições e comportamentos como também pensamentos críticos.Com isso,o engrandecimento cultural do país fica restritos aos conceitos de ''investimento desnecessário''.  Fica evidente,portanto, que a falta de coletivização da definição de arte, o pouco reconhecimento de ofícios artísticos e necessidade de políticas públicas de estímulo colaboram para formação de barreiras na produção artística.Nesse sentido, faz-se necessário que o Ministério da Cultura incentive e proporcione a valorização de artísticas através da criação de galerias,festivais e mostras coletivas estimulando a participação da sociedade no reconhecimento de várias vertentes artísticas.Além disso,é deve-se aplicar a Lei Rouanet com melhor averiguação dos beneficiados.Só assim a arte será coletiva.