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Enviada em: 21/06/2017

Essência maculada  Ainda que abrigue muitos estilos de obras únicos, a visibilidade e reconhecimento desse trabalho ainda é restrita aos artistas estrangeiros, limitando o acesso da população à individualidade brasileira. Como reflexo desse padrão, a produção nacional que retrata com mais fidelidade os problemas do cotidiano dessa sociedade é preterida em oposição às importadas.  Museus, cinemas, teatros e bibliotecas são os principais veículos de divulgação de obras que são produzidas no Brasil. Porém, os artistas brasileiros se deparam com múltiplas barreiras, como altos tributos em livros, que o impedem de expandir seu trabalho. Associado à esse fator, a falta dos espaços físicos para o consumo da arte, além da baixa frequência de visitações nas cidades que os possuem acabam por desestimular àqueles que têm pretensões de seguir com esta carreira no país.    Outro ponto observado neste cenário é que a importação de obras não é um processo novo no Brasil. A Missão Artística do período Colonial teve a intenção de retratar o país pelo olhar do europeu. Em semelhança com a contemporaneidade e a Globalização, a coerção cultural presente é tão forte que não só determina o conteúdo e forma da arte como também molda a produção interna, muitas vezes determinando o que terá sucesso ou não. Desde cedo, nas  escolas, a criatividade do aluno é restringida pela adoção de modelos limitantes quanto às maneiras de se expressar.   Torna-se claro, portanto, que da divulgação ao processo de originalidade, o artista brasileiro enfrenta barreiras internas e externas para que seu trabalho obtenha reconhecimento. A abertura de espaços exclusivos e fixos às exibições de obras nacionais em museus assim como o estímulo escolar à apreciação dessas traria maior visibilidade àqueles que lutam diariamente pela representatividade de seu povo.