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Enviada em: 31/08/2017

Arte. Palavra derivada do latim “ars”, representa um meio de produção de novas técnicas e perspectivas. Essa foi a intenção dos artistas que deram início ao movimento modernista no Brasil, com a Semana de Arte Moderna, em 1922, na tentativa de recriar a arte brasileira. A partir deste evento, artistas brasileiros começaram a se preocupar com a defesa da liberdade artística, que foi duramente impedida durante a ditadura militar e voltou a florescer com o movimento Tropicália. Assim, artistas brasileiros vem desafiando o cotidiano e o comum, a fim de conseguirem se expressar através de música, dança, pinturas e filmes, porém, com a indústria cultural, vem sendo arduamente mais difícil para tais artistas conseguirem realizar seus anseios.              Em princípio, verifica-se os grandes empecilhos enfrentados pela cultura periférica. Isso se deve ao fato da precária visibilidade com relação a essa cultura, que, em muitos casos, chega a ser reprimida, não apenas pela sociedade, mas também pelo Estado. Esse fato foi verificado na cidade de São Paulo, quando o prefeito João Dória ordenou que os grafites da Avenida 23 de Maio fossem cobertos por uma tinta cinza. Esse acontecimento não encobriu apenas os grafites como também a identidade dos artistas, ficando evidente, assim, a grande desvalorização sofrida por eles.                 Há também a questão apresentada pela indústria cultural, em que a arte se torna mero objeto de consumo. Assim, com a necessidade de atingir positivamente o público, a arte torna-se monótona, expressando sempre os mesmos conteúdos e o diferente é estereotipado como ruim. Isso faz com que a arte perca seu caráter crítico, gerando uma grande massa comum alienada do mundo atual. Sendo assim, percebe-se que a arte deixou de ter o valor que possuía há algumas décadas. Logo, não há como negar que os artistas da atualidade enfrentam diversos desafios no decorrer de suas produções e há grande desvalorização deles.                   Assim, cabe à mídia, tendo-se em vista o grande papel desta relacionada à indústria cultural, a divulgação de outras formas de arte que fogem do senso comum, a fim de amenizar e futuramente acabar com a criação de estereótipos. Bem como é papel do Estado e ao Ministério da Cultura realizar investimentos nas diversas formas de arte, promovendo mais eventos multiculturais nas cidades, dando espaço ao público para ter contato com novas formas de arte, buscando, assim, maior visibilidade aos artistas contemporâneos.