Materiais:
Enviada em: 26/06/2017

O Grito   É indiscutível a importância da arte em todas as esferas de uma sociedade sadia. Desde sua atuação como forma de expressão e identidade, até sua utilidade como instrumento social de inclusão e comunicação, a produção artística sempre foi personagem principal de um corpo social em bom funcionamento. No entanto, esse agente social tem encontrado inúmeros obstáculos praticamente impossíveis de serem enfrentados.  A negligência promovida pelo Estado é um dos fatores que aterroriza o cenário dos artistas contemporâneos. A falta de incentivos à educação artística pública e de boa qualidade apenas aumenta o quadro de distanciamento entre a arte e a população. Esse vão acaba contribuindo com a desigualdade e o preconceito. Por isso, a noção de que produção artística apenas pode ser efetuada por elites permanece e a expressão artística das massas segue marginalizada e clamando, em vão, para ser ouvida, lida, observada e acima de tudo, respeitada.  Outro fator assustador para os artistas no Brasil é a incerteza, maior que em muitas outras carreiras, encontrada pelo profissional da área. A falta de reconhecimento e um mercado artístico fechado e inseguro são frutos da desvalorização cultural. Nas políticas sociais, a arte ter alguma posição relevante é algo tão irreal quanto um quadro de Dalí. Nesse ambiente tão inóspito, o indivíduo não sente que seguir esse caminho é algo tão sensato como profissões mais valorizadas nas áreas de medicina e engenharia, por exemplo.                                                                                                                              Portanto, para remediação desse contexto, é necessário que existam investimentos, por parte do Estado e do Ministério da Educação, na educação artística para construção de salas especiais e verbas para materiais, bibliotecas e instrumentos. É fundamental, também, que exista estímulo governamental para eventos culturais em todo o Brasil, garantindo então, uma ressocialização da arte, que fornecerá mais segurança aos profissionais dessa área. Para que atinjamos a igualdade da visibilidade artística, é indispensável a valorização da arte feita nas favelas e nos eixos mais pobres do país não só por parte do governo, mas por todos os integrantes da sociedade.