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Enviada em: 20/06/2017

São Paulo é considerada a capital mundial do grafite. Porém, o atual prefeito, João Dória, colocou em vigor uma proposta chamada "São Paulo Cidade Limpa". Nesse projeto, os grafites em espaço público estão sendo destruídos e isso gerou conflito entre os grafiteiros e o governo. Para que se possa pensar em alternativas, a questão da pichação e o grafite serem considerados arte, além da análise no impacto que os mesmos têm na vida dos jovens periféricos, devem ser analisados. Primeiramente, as pichações não costumam ser consideradas arte, diferente do grafite. Porém, vale ressaltar que a Filosofia da Arte e a Estética ainda continuam em busca de uma definição específica para o conceito de arte, o que nos leva a conclusão de que não podemos limitar a expressão dos pichadores. Por outro lado, para se criar novos hábitos e deixar os antigos, como parar de beber refrigerantes, é necessário que o mesmo seja trocado por outro, como beber sucos naturais. O mesmo ocorre com a pichação. Se essa é uma forma de expressão e visibilidade ao jovem periférico,  é necessário que outras atividades que proporcionem o mesmo impacto sejam agregados à vida destes jovens.  Portanto, para que a questão da proibição dos grafites e pichações em espaço público seja resolvida, é necessário diálogo entre os governantes e os praticantes. Levar em consideração suas reivindicações e respeitar suas expressões artísticas são formas de evitar os conflitos e diminuir as barreiras para a expressão artística. Assim, poderemos integrar ainda mais a sociedade em vez de criar maiores divisões.