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Enviada em: 21/06/2017

A arte por vários séculos foi destinada e produzida pela nobreza, pois o preço a ser pago para obter arte, ter acesso ou produzi-las era muito alto. A partir da globalização a arte tornou-se mais acessível, atingindo então todas as camadas da sociedade. Devido a essa abrangência, parte de uma camada social ''esquecida'' resolveu utilizá-la como ferramenta de protesto, uma forma de gritar, repulsar atos que os artistas - representando uma maioria - não estão de acordo. Porém, há divergências. Ainda hoje há parcelas da sociedade que discordam que grafite é arte e fazem por onde criminalizar e descriminar os profissionais da área.   A necessidade de providências que atendam a ambos os públicos fez o prefeito de São Paulo João Dória Junior optar por criar o Grafitódromo, um ''local adequado'' para produzir grafite. Porém, adotando esta medida o prefeito não levaria em consideração que a grafite não é arte por arte, é também uma forma de expressão dos ''esquecidos da sociedade'' que precisam de locais de muito acesso para deixarem suas indignações, buscando uma forma de quem sabe um dia parte dos problemas pelos quais são afetados serem solucionados.   Devido ao que foi exposto, é necessário que representantes de cidades que se identificam com a problemática busque promover debates ou construir ouvidorias que possam atender e dar apoio a essa parcela da sociedade que foi ''esquecida'', fazendo ser possível que tenham voz sem precisar ter um spray de tinta em mãos. Dessa forma talvez seja possível haver até uma negociação quanto aos locais de pichação ou fazê-los optar por uma outra forma de arte.