Enviada em: 26/06/2017

O Brasil se destaca no âmbito internacional por algumas artes próprias, como o carnaval. No entanto, essa visibilidade fica restrita a poucos setores da arte nacional, não sendo atingida toda a pluralidade cultural que o País tem. Assim, nota-se a problemática da falta de incentivo à produção artística, pois esta carece da presença do Estado e do reconhecimento popular de sua importância.    É evidente que a atuação estatal está entre as causas do problema da desvalorização das produções de artes. Embora tenha havido uma evolução nas políticas públicas de incentivo a manifestações artísticas, como a Lei Rouanet, por exemplo, como também a democratização de cursos envolvendo setores da área, percebe-se que ainda há uma grande parcela da população que é excluída nesse processo. Desse modo, muitos artistas continuam tendo muita dificuldade tanto na elaboração quanto na divulgação de suas obras, além de que muitos se encontram distantes de teatros, cinemas e museus e não têm a oportunidade de ter esse contato.     Outrossim, ressalta-se a importância da arte dada por muitos indivíduos. Segundo Platão, o fazer artístico e a sua apreciação é algo de poucos. Infelizmente, essa visão elitista tão antiga do filósofo grego permanece presente na sociedade brasileira atual. Isso sendo consequência da escassa educação sobre o assunto, pois mesmo que haja lei que obrigue as escolas a trabalharem a matéria, a maioria delas limita o ensino a desenhos e pinturas por parte dos alunos, não mostrando a diversidade cultural e o valor que ela representa.     Entende-se, portanto, que a arte no Brasil passa por diversos desafios. Para que estes sejam minimizados, é fundamental que o Governo Federal financie artistas de variadas vertentes para a formação de grupos itinerários para poderem levar a arte até as áreas mais afastadas. As escolas, por fim, podem trabalhar mais o reconhecimento, com o estudo das danças brasileiras, da arte popular e realizar idas ao teatro, por exemplo.