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Enviada em: 26/06/2017

A arte de cegar        A produção artística no Brasil assume inúmeras formas, como a música, filmes, novelas; um hábito que muitos brasileiros desfrutam cotidianamente como forma de lazer, descanso ou mesmo fuga dos problemas sociais existentes. Contudo, a grande maioria dessa arte produzida não tem objetivos de gerar reflexões ou analise do contexto social para essas pessoas, o que acentua a alienação e contribui para problemas que a própria arte deveria combater, como a massificação do pensamento e a desigualdade social.        De modo que essa arte de massa - inclusive a estrangeira - que é produzida com fim lucrativo, afeta diretamente o estilo de vida e até mesmo o modo de viver que as pessoas adotam. Ademais, problemas sociais, como desigualdade social, corrupção política ou mesmo violência nem sempre são abordados como aspectos extremamente negativos. Posto que, esses conteúdos alienam em prol do entretenimento, mas ignoram desde os brasileiros que não tem condições sanitárias minímas em favelas nas periferias até os milhões que passam fome em todo o país, que se acomodam e aceitam essa realidade como inexorável.        Por outro lado, apesar da arte não ter um conceito fixo, ela apresenta funções imprescindíveis para o desenvolvimento do pensamento humano, visto que, ela permite a sua liberdade, ou até mesmo é contraponto à injustiças existentes, que não podem ou não precisam ser combatidas à força. Posto que, canções como as de Geraldo Vandré, "Para não dizer que não falei das flores", foram sementes plantadas em plena ditadura militar, mas que floresceram e influenciaram movimentos democráticos como as diretas já, culminando finalmente na redemocratização do país.        Portanto, a arte surge para racionalizar a sociedade e expor suas mazelas, por isso é necessário maior valorização da arte brasileira, também por ser a mais fidedigna da realidade do país. Além da música, outros conceitos como grafites, arte de rua e Ongs de foco artístico, que exponham a realidade brasileira sem eufemismos podem ser explorados. Para isso, ongs e grafiteiros poderiam tentar apoio do poder público municipal para expor seu trabalho em praças, ruas, prédios públicos ou mesmo com particulares como fachadas de comércios - na forma de marketing para estes - e assim atingir mais pessoas, e mostrar que a realidade pode ser transformada, basta lutar por isso.