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Enviada em: 27/06/2017

No filme sal da terra, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, evidência o papel da arte: desenhar o mundo com luzes e sombras, carregando uma história. Apesar da importante função social, no presente há uma anulação do seu significado. Nesse sentido, considerar os desafios enfrentados na produção artística é primordial para garantir a valorização e a continuidade histórico-cultural de um povo.  Em primeiro lugar, vale ressaltar que a arte ocupa um espaço irrelevante nas prioridades das políticas sociais. O governo a fim de cortar os gastos -2016; reduziu a verba repassada ao Ministério da Cultura (MinC) que tem como objetivo - desde sua criação no Governo Sarney, década de 80 - o financiamento e a valorização artística. Com isso, instituições que necessitam da verba têm dificuldades - para assegurar a sobrevivência e a permanência do estabelecimento. Prova disso, é o Theatro Municipal do Rio de Janeiro - um dos importantes teatros brasileiros; que vive a maior crise de sua história devido aos recursos insuficientes, que podem levar grandes talentos a busca de ofertas de emprego no exterior. Outro ponto a ser analisado, é a discriminação das manifestações artísticas. O grafite assim como as pinturas rupestre, carrega ligações existentes entre homem x tempo, pois registra a mensagem de um grupo. Entretanto, muitos o vê como vandalismo e sujeira. Prova disso é o projeto “cidade limpa" de João Dória, atual prefeito de São Paulo, que cobriu o maior mural de arte urbana da América Latina com tinta cinza. Desse modo, nota-se que há um estereótipo do que seria arte. Fica evidente, portanto, que a manifestação estética faz parte da identidade de uma nação. Para que os desafios sejam superados, é necessário que o Governo federal assuma a arte como uma prioridade, de modo que invista em recursos suficientes para o funcionamento dessas instituições, além de estimular a sociedade com campanhas de incentivo a produção artística  – por meio da mídia a fim de romper com estereótipos – .Por fim, o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- como órgão de proteção e conservação dos bens culturais do país, deve fazer a homologação dos espaços artísticos para garantir a preservação e evitar ocorridos como o de São Paulo.