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Enviada em: 03/07/2017

Desde o iluminismo, a quebra de paradigmas relacionados a arte tem sido quebrados, porém mesmo no mundo moderno, ainda há uma grande dificuldade na valorização do artista, principalmente o brasileiro. Outrossim, esse problema está atrelado as condições educacionais da sociedade, bem como a falta de alteridade da mesma. Em consequência disso, vê-se, a todo instante uma banalização da cultura brasileira, unido a um passado histórico-cultural eurocêntrico intrínseco na nação. É indubitável a diversidade cultural do Brasil, uma vez que foi colonizados por por tantos povos, contudo o enaltecimento da arte europeia ainda se faz presente, posto que os movimentos artísticos europeus foram considerados únicos de reconhecimento por mais de três séculos, mudando o cenário apenas no século XX. Por conseguinte, culturas representativas das minorias - como o rap, pichações, grafite,entre outros - são vistas como representações frívolas da arte, mesmo elas representando críticas, o cotidiano e acontecimentos. Ainda convém lembrar, que o ensino cultural brasileiro permanece ineficaz. Ao passo que, a educação é um dos pilares do Estado, a insuficiência da mesma, enfraquece a projeção de conhecimento e criação de respeito e caráter entre as diferentes culturas. De mesmo modo, como já exemplificado nas idéias de Immanuel Kant: "O Homem é aquilo que a educação faz dele", a compreensão das diversas áreas de conhecimento - inclusive a artística - contribui para diferenciação de idéias que apresentam-se supostamente imutáveis, destruindo o determinismo cultural. Em virtude dos fatos mencionados, nota-se que a produção artística brasileira é um desafio a ser combatido. A fim de atenuar o problema, o Ministério da Cultura deve criar campanhas publicitárias de incentivo a visitações a exibições de arte brasileiras - não só as rebuscadas, mas especialmente as menos valorizadas -, pode-se oferecer entrada franca para esses locais também, dessa forma o acesso ao meio artístico não se torna tão excludente e cria-se um reconhecimento do patrimônio cultural brasileiro e a ciência da diversidade. Analogamente, em parceria com o Ministério da Educação, o Ministério da Cultura, deve criar oficinas criativas dentro de centros educacionais, nas quais as pessoas podem exercer sua imaginação e compreender mais sobre o mundo da cultura e da arte.