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Enviada em: 09/07/2017

Os artistas do movimento modernista no Brasil no começo dos sex XX, Como Mário e Oswald de Andrade, acreditavam que o fazer artistíco e a liberdade de criação para isso é essencial à contrução de um indivíduo. Isso porque a arte é área  de se expressar a subjetividade  e possui muitas funções, dentre elas, de educar, conscientizar e integrar o ser humano na sociedade. Apesar disso, infelizmente, nota-se o quão é dificultoso a produção artística no país, principalmente no que refere  ao âmbito artístico dos grafites. Os grafiteiros têm enfrentado bastantes impasses que prejudicam não só a sua liberdade de expressão, mas também o desenvolvimento cultural da sociedade.     Em primeiro lugar, é válido frisar que o grafite - a arte urbana - é a que mais sofre empecilhos para ser produzida no Brasil. O que ratifica isso são pesquisas levantadas, recentemente, pelo DataFolha que afirma que mais de 40% da população brasileira acha que grafite é sinônimo de pichação e,assim, é ilegal, o que revela que grande parte da sociedade tem um conceito errôneo desse fazer artístico.    Ademais, é preciso ressaltar a intolerância por parte do governo. Divulgado em todos os meios midiáticos, a polêmica que envolve os grafiteiros da cidade de São Paulo e o prefeito João Doria que proibiu os desenhos artísticos nas ruas paulistanas, é um exemplo disso. O prefeito alegou que deve haver um local restrito para que os grafiteiros possam expressar a sua liberdade artística que não seja as ruas, já que causa nesta a poluição visual. Entretanto, uma das finalidades da arte, como mesmo afirmou os especialistas do assunto ,como os modernistas, é encantar os olhos e a alma, e não poluí-la como afirmou o prefeito.  Assim, o artista grafiteiro tem a sua liberdade de expressão limitada e desespeitada. E isso prejudica não só o seu fazer e a sua divulgação artística, mas também a sociedade que acaba perdendo uma forma de se enriquecer culturalmente e, dessa maneira, ampliar o seu conhecimento de mundo. E mais, os jovens, principalmente os das periferias, que praticam o grafite como uma maneira de ser ''ouvido'', integrado ao meio social, acabam por perder essa oportunidade e uma parte de sua identidade cultural.   Por conseguinte, medidas que resolvam o impasse devem ser tomadas. O Ministério da Educação deve, com verbas provindas da Receita Federal, promover palestras artistícas nas escolas, aplicadas por profissionais da área, como os grafiteiros, para que estes possam explicar do  melhor modo possível o que é o verdadeiro fazer artistíco e o que este implica de bom na vida do artista e de sua comunidade, assim o preconceito se extinguirá. A Câmara Legislativa de São Paulo deve criar ou autorizar leis que sejam mais flexíveis com os grafiteiros locais, não restringindo, no mínimo, algumas ruas da cidade. Para que assim a produção de arte no Brasil tenha um maior respeito e liberdade.