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Enviada em: 31/07/2017

O Abaporu aspirante à artista        O ser humano tem a necessidade de expressão por meio da arte. Essa arte então evolui das paredes de cavernas às áreas digitais, porém, ainda há quem pinte nos muros urbanos. Essa pintura, o grafite, gera polêmica, pois habita em uma linha tênue entre arte e vandalismo. Ora, colore o meio urbano normalmente cinzento, ora, causa a poluição visual. Mas, seja o grafite ou pintura em tela, o meio artístico quase não tem valor no brasil.       A primeira academia de arte brasileira fundou-se no Rio de Janeiro com a vinda da coroa portuguesa ao Brasil. Desde então, as artes barrocas agraciaram a elite brasileira. Porém, os séculos trouxeram a indiferença quanto à arte. Não bastante a indiferença popular, recentemente o prefeito João Dória convocou a pintura do muro paulista grafitado por diversos artistas. O ato foi uma perda devastadora para os grafiteiros.       Ademais, a educação brasileira guia os estudantes ao convencional. As faculdades de artes visuais, plásticas entre outras são negligenciadas para as de medicina ou direito. Por isso, artistas como Tarsila do Amaral não são mais descobertos e dificilmente são monetizados. Logo, a cultura inexiste e os aspirantes à carreira artística sofrem frustração e precisam de terapia. A repressão até se compara à ditadura militar, quando as expressões artísticas quase inexistiam devido à censura.       Portanto, os artistas devem procurar refúgio nas redes sociais. Há diversas plataformas para a montagem portfólios e a conquista de patrocinadores do mundo afora. Além disso, a comunidade brasileira deve se inspirar na abordagem da Itália de apoiar grafiteiros na coloração urbana. O ministério da cultura deve patrocinar concursos artísticos, principalmente nas escolas para o incentivo à arte. Assim, o Brasil também poderá ter reconhecimento por um acervo cultural artístico.