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Enviada em: 10/08/2017
Durante o século XX, um novo polo artístico surgiu - o Modernismo. Diferente de todas as classes passadas, sua principal característica era romper com a tradicional definição de arte, expondo ideias inovadores que, a princípio, foram bastante contestadas. Similarmente, no Brasil do século XXI, movimentos artísticos são incompreendidos pela sociedade que não reconhece o sentido subjetivo e a evolução do fazer artístico. Em primeiro lugar, é preciso repensar o conceito do que é arte. De acordo com Leonardo Boff: "Todo ponto de vista é a vista de um ponto". Esse pensamento encaixa-se perfeitamente ao analisar a relatividade que a produção artística pode trazer, ou seja, não se pode enquadrar uma definição engessada para algo que tende à progredir de acordo com a mentalidade distinta de cada pessoa. De fato, o olhar de muitos artistas à frente de seu tempo é julgado por aqueles que querem impor uma única concepção, negligenciando a individualidade do papel criativo. Além disso, cabe destacar, o caráter conservador da população como o principal impasse para a superação desse problema. Um exemplo dessa herança foi quando Monteiro Lobato criticou de forma bruta as inovações que Anita Malfatti trouxe para o país, demonstrando uma ignorância marcada por uma tradição que não podia ser violada, revelando, assim, que até mesmo os mais ilustres podem se enganar quanto ao aspecto revolucionário ligado à arte. Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para resolução desse dilema. Para isso, os Governos Estaduais, em parceria com o Ministério da Cultura, deveriam destinar recursos para a criação de espaços destinados à exposição dos artistas, além de reservar dias especiais para a interação deles com o público, com a Mídia divulgando tais projetos. No mais, as Escolas poderiam incentivar apresentações de alunos interessados nesse ramo, a fim de motivar o crescimento da produção. Assim, o futuro poderá quebrar os paradigmas que dificultam o progresso artístico do país.