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Enviada em: 01/09/2017

Ainda que seja de difícil elucidação, a arte é uma forma de expressão humana, facilmente observada em meio aos séculos e culturas. Na Idade Moderna, o belo (historicamente vinculado à arte) era restrito as opiniões dos nobres. Atualmente, questões sobre o grafite trazem a tona esse debate. É preciso observar a necessidade humana de manifestação por trás da ação em si e torná-la possível, afim de respeitar os direitos humanos.                De certo, foi da Sociologia a distinção entre cultura erudita, popular e de massa. Logo, para o grafite, tem-se um exemplo de cultura de massa devido ao objetivo de atingir uma grande parcela da população. A fim de realizar um manifesto político, esse movimento busca a visibilidade dos muros da cidade, mesmo que, por lei, seja crime.             Do mesmo modo, com os "grafitódromos", nota-se uma possível medida em refreamento da liberdade de expressão (em especial dos jovens periféricos, principais atuantes) além do aumento da violência policial contra os pichadores e preconceito social. Para Confúcio, filósofo chinês, "a cultura está acima da diferença da condição social", em contraste tem-se a repressão atual dos movimentos artísticos de rua, que abordam temas políticos e de grande relevância para a comunidade.          Afim de manter o vigor da lei, e permitir alternativas ao transgressor de expor suas ideias, existe a necessidade do trabalho conjunto entre os Ministérios das Cidades e da Cultura na transformação da cidade em espaços mais humanizados como também na formulação e implementação de políticas públicas no campo cultural, tendo em mente esse como um direito fundamental.  Segundo Millôr Fernandes, escritor brasileiro, erudito é um sujeito que tem mais cultura do que cabe nele, dessa forma faz-se preciso explorar essa vertente popular, de uma forma que respeite não só as leis bem como o inalienável direito de expressão e dignidade humana.