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Enviada em: 19/09/2017

A pichação surge no Brasil na década de 60, durante a ditadura militar, como forma de protesto ao regime. Os muros das cidades ficaram cheios de frases de cunho político, porém após o período de tensão, tornaram-se, também, cenário de cores e poesias. A partir disso, deve-se a diferenciação entre pichação e grafite, levando-se em consideração as propriedades públicas e privadas.       O grafite é entendido como uma manifestação artística e cultural, na qual traduz a arte popular, enaltecendo os muros das cidades, encantando as pessoas com suas cores e mensagens, e estimulando a reflexão sobre diversos assuntos. Enquanto a pichação é um ato de vandalismo, muitas vezes praticada por gangues para marcar território. Consoante Abraham Maslow, psicólogo americano, o ser humano é social e tem a necessidade de pertencimento, isto é, ser integrante de algum grupo, garantindo seu bem-estar. Por isso, o ato de pichar ocorre bastante em manifestações, a partir de alguns grupos, como forma revoltosa de lutar pelos seus direitos.       Segundo o sociólogo Émille Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um corpo biológico, no qual cada um tem sua função e para que haja funcionalidade é necessário compreensão. Dessa forma, a propriedade pública é de uso comunitário e comandada pelo Estado, e a propriedade privada é de uso restrito e comandada por uma pessoa específica. Assim, é preciso haver respeito, utilizando da pichação ou do grafite, em propriedade públicas ou privadas, apenas com autorização do proprietário,       Tendo isso em vista, é imprescindível que o Governo libere espaços públicos autorizados à prática do grafite, possibilitando o trabalho dos grafiteiros e tornando os lugares mais atrativos. Além disso, é preciso que as instituições de ensino promovam palestas focando na diferença entre a pichação e o grafite, tornando as pessoas mais conscientes sobre o assunto.