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Enviada em: 26/09/2017

Inferiorizada, subjugada e marginalizada, essas são algumas expressões que definem a atual situação da produção artística brasileira que, em virtude da falta de reconhecimento social e da alienação imposta pela mídia, sofre ao tentar se desenvolver no país . Frente a isso, muito se tem discutido sobre os desafios enfrentados pela arte nacional. Há quem acredite que a falta de investimento do estado seja o principal desafio imposto a arte, outros, no entanto, consideram a desvalorização da produção nacional. Em uma análise aprofundada da situação, observa-se que a falta de reconhecimento da arte nacional é um entrave para seu desenvolvimento e, portanto, deve ser combatido.  Outrossim, há quem considere que o Estado não fornece infraestrutura e suporte às manifestações artísticas nacionais, por conseguinte essas formas de expressões acabam sendo colocadas em segundo plano frente a movimentos internacionais. Entretanto, há de se considerar que esse cenário só se desenvolve no país devido a depreciação da produção artística brasileira, que em virtude da visão social etnocêntrica construída historicamente pelas elites e aceita pelas minorias sociais, insiste em recriar valores externos ao Brasil, perpetuando, assim, a aculturação nacional. Prova disso é a dura repressão a manifestações nacionais, como, a semana de arte moderna em 1922 e o estilo de arte urbana definido como grafite.  Além disso, vale destacar o papel da mídia nesse processo, que assim como definido pelo sociólogo Adorno, cria certos estereótipos, que tiram a liberdade de pensamento do espectador e forçam padrões sociais. Tal padronização, que ganhou força com o advento da globalização, cria no indivíduo a ideia de que somente o que é exposto e divulgado merece ser preservado e apreciado, negando, assim,  a representatividade e a pluralidade das diversas expressões artísticas brasileiras.   Torna-se evidente, portanto, que a falta de reconhecimento da arte nacional é um agravante para o seu desenvolvimento e deve ser combatido. Cabe ao IPHAN promover projetos de preservação e disseminação dos novos movimentos culturais brasileiros, com o objetivo de promover a valorização da produção nacional. Concebe ás ONGs voltadas para questões culturais promoverem projetos sociais com a participação de artistas populares, fitando reforçar na população a importância da arte nacional para a construção da cultura e da memória brasileira. Além disso, compete ao ministério da educação implementar nas aulas de artes do ensino médio, debates sobre o descaso nacional com as produções artísticas, fitando socializar nos jovens a necessidade de tomar medidas contra essa situação.