Materiais:
Enviada em: 31/10/2017

O fílosófo Immanuel Kant trabalha a subjetividade da beleza, considerando-a mutável frente à perspectiva daquele que visualiza a obra de arte. Diante disso, a produção artística é admirada por uns e ignorada por outros, sendo aqueles os que são sensitivos e esses os que não são a essência da arte. Dessa forma, considerando as dificuldades que os artistas brasileiros têm em expor suas obras urbanas, grande parte da sociedade desconhece as peculiaridades dessas expressões artísticas. Portanto, é imprescindível discorrer as caraterísticas da pichação e grafite.       Primeiramente, os pichadores são considerados criminosos, uma vez que pichar é crime. Entretanto, eles buscam o reconhecimento social e se utilizam do ato para manifestarem suas indignações com o Estados, visto que são composto principalmente por pessoas marginalizadas. Para tanto, temos o caso divulgado pelo jornal O Dia, em que Kadu (grafiteiro) pichou o relógio da Central, no Centro do Rio de Janeiro, em protestos às agressões sofridas por três grafiteiros no Saara. Logo, as pichações, mesmo que consideradas crimes, são meios de garantir a visibilidade dos sofrimentos da minoria.       Ademais, o grafite, mesmo sendo reconhecido mundialmente, sofre preconceito por grande parte da sociedade. Em virtude do desconhecimento das formas de dispersão da arte contemporânea, muitos brasileiros desconsideram a importância das artes de rua e, com isso, acabam inferiorizando esse meio artístico. Porém, essa realidade pode estar preste a mudar,  já que o Brasil possui a maior pintura de rua do mundo, que esta localizada no Porto do Rio de Janeiro, trazendo maior cor e alegria à zona portuária da cidade. Além disso, dois dos maiores grafiteiros do mundo são brasileiros, Os Gêmeos, os quais, por não terem sidos reconhecidos no início de sua carreira no país, foram para o exterior e conquistaram a admiração mundial.      À luz do exposto, medidas são necessárias para resolver o problema. Para isso, o Ministério de Saúde deve criar clínicas de psicologia, no intuito de conversar com os pichadores presos e registrar os principais motivos que levam à pichação e, assim, com a ajuda do Ministério dos Direitos Humanos, resolver as questões dessa minoria e viabilizar a inserção desses indivíduos. Além disso, o de Educação deve implementar aulas de artes de qualidade nas instituições de ensino e, junto a mídia, fornecer conhecimento sobre a arte da atualidade à sociedade, a fim de garantir o reconhecimento social dos grafiteiros e a disseminação das artes urbanas no Brasil.