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Enviada em: 27/10/2017

O chamado de Antropofágico, vinculado ao Modernismo, buscava aglutinar referências estrangeiras para criação de uma arte verdadeiramente nacional. No entanto, essa e outras manifestações artísticas são negligenciadas no Brasil. Nesse sentido, cabe analisar como a falta de conhecimento sobre o assunto e a ineficácia dos investimentos governamentais influenciam nessa mazela, a fim de solucioná- la.    Em primeiro plano, percebe-se que a carência de instrução populacional  no que tange as arte corrobora a marginalização da mesma.  Contrariando Paulo Freire, defensor de uma educação não bancária, as instituições brasileiras de ensino insistem na reprodução de conteúdo, com foco na aprovação no vestibular, por isso, deixam de lado pautas como pintura, música e dança. Dessa forma, os indivíduos não entendem essas manifestações e em virtude disso,  não as valorizam.      Outro fator crucial nessa problemática é a destinação ineficiente de verbas, pelo governo do Brasil, para esse setor. Nesse aspecto, durante a ditadura grande parte das músicas e pinturas produzidas eram censuradas. Atualmente, embora tenha ocorrido uma melhora nas políticas públicas de incentivo a produção de arte, como a democratização de cursos envolvendo setores dessa área, há um direcionamento equivocado dos investimentos. A Lei Rouanet ilustra isso, uma vez que, na prática fomenta a concentração dos recursos para grandes artistas e desvios de verba.   Fica evidente, portanto, que a indiferença a arte seja combatida. Para tanto, é importante que o Legislativo, mude a LDB, Lei de Diretrizes e Bases, tornando o ensino de manifestações artísticas obrigatório, para todas as fases escolares, principalmente o Ensino. Atrelado a isso, os mecanismos de financiamento dessas formas de expressão devem ser aprimorados, por meio da criação de um órgão de  fiscalização, que verifique a destinação das verbas, bem como um adendo na Lei, estipulando que a maior parte desse investimento deve ir para artistas menos conhecidos. Assim, movimentos como antropofágico, do modernismo, serão valorizados.