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Enviada em: 02/11/2017

A arte na atualidade passa por inúmeras mudanças, de forma fluida e rápida, mostrando a realidade da sociedade. Desse modo, a produção artística no Brasil é um mecanismo identificador da sua cultura e história, no entanto, na atualidade sofre com a desvalorização. A partir desse ângulo, é possível destacar duas questões: a falta de investimento nas artes e a marginalização da prática artística.       Em primeira análise, cabe ressaltar que o investimento na arte é um fator essencial para fomentar a criação e o desenvolvimento da cultura de uma nação, como os mecenas no Renascimento, sem o apoio destes muitas obras nunca sairiam da mente dos artistas. Baseado nisso, a importância da existência do Ministério da Cultura, como um fomentador de milhares de obras artísticas no país, mas no último ano teve sua verba reduzida em cerca de 60% da do ano anterior. Nesse contexto, encontra-se a produção artística nacional em perigo, mas não só esta, a identidade e a cultura de toda uma nação, que tem a arte como veículo preservador das suas raízes culturais.     Destarte, convém indagar a marginalização da arte como questão histórica nacional, remontando desde os anos do Regime Militar. Prova-se isso, a partir dos dados do Ministério da Educação, indicando que os espaços para manifestação cultural, como os museus e teatros, mesmo que superiores a três mil no Brasil, ainda são insuficientes para atender a um tão vasto território e cultura. Desse maneira, é possível constatar um tratamento na sociedade brasileira, de depreciação à certas manifestações artísticas, como o grafite, evidenciado no caso da prefeitura de São Paulo em 2017 contra a prática do grafite.        Para reverter esse cenário, portanto, é necessária a atuação da máquina pública, via investimentos na cultura nacional, a partir da promoção do Ministério da Cultura, pela realização de parcerias público-privadas para o incremento dos fundos destinados à arte no território nacional, assim, resgatando a tão singular cultura presente em vários cantos do país que há muito sofre da precarização de fundos para manter sua cultura. Além disso, cabe a atuação do Ministério do Planejamento junto à Prefeituras Municipais para investir na criação de centros multiculturais, nos quais várias formas de manifestações culturais poderão coexistir, como no sucedidos modelos implementados em países europeus. Logo, a pátria brasileira, por caminhos exitosos, poderá fomentar e valorizar a arte nacional.