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Enviada em: 21/08/2018

Na década de 1920, a Semana da Arte Moderna trouxe novos conceitos sobre a produção artística, uma vez que a arte ainda era padronizada e elitizada na época. À vista disso, o movimento visava justamente buscar a liberdade de expressão nas obras e quebrar a tradição clássica e a partir disso deixo-se claro os desafios da produção artística no país. Nesse sentido, é de extrema importância o combate da censura e do elitismo na construção das artes.                       Em primeiro plano, em 2017, o Museu de Arte do Rio (MAR) teve uma exposição de obras censurada com a justificativa do conteúdo polêmico apresentado, de acordo com o portal G1. Em virtude disso, percebe-se que um dos problemas da produção artística é a censura que um certo grupo promove em nome da "tradição" e ao invés do Estado intervir e executar a lei de liberdade de expressão, ele se omite e deixa que os direitos que são constituídos sejam negligenciados. Dessa maneira, tanto museus quanto as artes urbanas sofrem opressão, uma vez que o ex-prefeito do Rio de Janeiro, João Dória, deu apoio tanto a censura no MAR quanto a destruição das obras de rua, segundo a UOL.  Logo, o filósofo Voltaire pregava a seguinte frase: "Eu não concordo com uma palavra do que diz, mas defenderei até a morte o direito de dize-las", ou seja, a liberdade precisa ser respeitada independente do posicionamento ideológico de alguém.                      Ademais, o que também dificulta a criação artística no país é o elitismo e a hierarquia de valor dada as artes. Em razão disso, a Lei Rouanet  que deveria ser um meio de facilitar a produção de obras acaba por dificulta-la, visto que as grandes empresas que recebem incentivos fiscais para patrocinar meios culturais investem apenas em grandes nomes das artes,como, por exemplo, o posto de gasolina Shell V Power que fez o festival Prêmio Shell Teatro para atores famosos e de grandes emissoras, de acordo com portal UOL. Dessa forma, pequenos artistas ficam a deriva e sem oportunidade de criar e ser reconhecidos por causa da falta de apoio e pela política falha de democratização da cultura.                  Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério da Cultura, junto ao Poder Judiciário, por intermédio da intervenção de qualquer tipo de censura, punir e autuar com multas e penas os grupos que tentam boicotar qualquer tipo de produção por viés ideológico, para que, assim, se possa ter mais liberdade na criação das obras. Por fim, cabe também ao Ministério da Cultura, junto ao Governo Federal, por meio da readequação da Lei Rouanet, traçar porcentagens de patrocínios que variam desde artistas visíveis até artesões e pintores regionais, fazendo com que a verba de investimento tenha equiparidade entre diversos níveis sociais e artísticos.