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Enviada em: 08/04/2018

Durante a Idade Média, a Igreja Católica possuía o monopólio das artes, visto que determinava o que seria produzido pelos artistas para ornamentar as catedrais. Em contraposição, na contemporaneidade, apesar de a arte ser diversa e não seguir um padrão, ela enfrenta desafios que impedem que sua expressão social seja efetiva, o que resulta em uma sociedade menos engajada. Nesse sentido, fatores de ordem histórica e discriminatória caracterizam a problemática.   A priori, com a Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo, houve a formação de uma sociedade mais materialista, devido à preocupação com o dinheiro, e egoísta. A sintetização dessa ideia pode ser dada a partir da famosa frase: "tempo é dinheiro". Como consequência dessa mudança social, parte da população perdeu um pouco a sua sensibilidade e capacidade de apreciação das artes, visto que houve um distanciamento das pessoas frente esse tipo de manifestação cultural. Dessa forma, a produção artística no país é comprometida, uma vez que a arte é marginalizada. Tal fator pode ser ratificado pela pouca valorização dada pelas escolas quanto a esse conteúdo.    A posteriori, o fato das pessoas apresentarem certo preconceito e pouco conhecimento acerca da maleabilidade da arte constitui outro desafio. Devido ao fato de determinadas obras serem realizadas em lugares não convencionas, como nas ruas, em vez de museus ou centros de arte, muitos já criam esteriótipos negativos. Prova disso, é a discriminação sofrida pelos grafites nos centros urbanos, principalmente em São Paulo, onde o prefeito Doria resolveu apagar painéis de arte na cidade. Contudo, é preciso compreender o papel fundamental do artista como crítico, questionador e antena do seu tempo e, por isso, sua produção deve ser incentivada e não inibida.     É notória, portanto, a relevância de fatores de cunho histórico e discriminatório na temática supracitada. Nesse viés, cabe à escola, em parceria com a família, o papel de conscientizar e fomentar nos alunos a sensibilidade e percepção, seja de uma obra de arte ou do mundo ao seu redor. Tal medida pode ser efetivada a paritr de aulas práticas de artes e ensinamentos de técnicas voltadas para o desenvolvimento de tais habilidades por meio de trabalhos dinâmicos, debates em sala de aula e diálogos esclarecedores. Ademais, é essencial que a mídia desconstrua qualquer tipo de padrão e classificação da arte para que sua produção seja livre de preconceitos e cumpra sua função social. Para isso, é necessário a utilização de anúncios e propagandas nos principais meios de comunicação. Por meio dessas medidas, talvez, será possível propiciar um ambiente adequado para a arte.