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Enviada em: 29/04/2018

Nos últimos séculos, com o crescente avanço tecnológico -  decorrente das revoluções industriais e das comunicações - o homem ampliou seu domínio sobre a natureza. Ao mesmo tempo fomentou-se, na aldeia global, um padrão de consumo focado em satisfazer seus anseios utilizando todos os recursos. Essa predação produz frutos negativos na dinâmica biosfera, que reage à exploração do homem. Nesse sentido, a ausência de respostas efetivas aos impactos ambientais já geram consequências prejudiciais - podendo se tornar irreversíveis - à raça humana.       Tentando lidar com isso, conferências e acordos são promovidos sem que, na maioria dos casos, o simbolismo se traduza em ação. Protocolo de Kyoto e inúmeros outros ficam figurativos pelo esvaziamento em cadeia que ocorre após líderes mundiais - como os Estados Unidos -  se absterem dos compromissos, à exemplo do que  ocorreu recentemente com o Acordo de Paris. Isso pois o interesse econômico, de manter o atual modus operandi da indústria, resultante da busca incessante pelo lucro a partir da exploração dos recursos naturais, se sobrepõe a necessidade de reagir ao  aquecimento global e a poluição, por exemplo. Essa inércia já trás consequências, uma vez que, 23% das mortes prematuras decorrem de problemas de degradação ambiental (ONU).        Outro aspecto é que os efeitos se manifestam em cadeia e, a médio e longo prazo, podem tornar-se irreversíveis - um exemplo disso é a a Amazônia. Analisando mais de 200 artigos científicos o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais constatou que a recente crise hídrica, que atingiu inclusive São Paulo (a maior metrópole do país),  se relaciona ao "Arco do desmatamento" na Amazônia. Visto que, com a expansão da agricultura sobre parte da floresta, a capacidade amazônica de bombear água está sendo prejudicada. Assim, a teoria de Hobbes - "O homem é o lobo do homem" - é reverberada, já que, o consumo desenfreado está comprometendo a disponibilidade dos recursos naturais, o que influência no estilo de vida - ou até, futuramente, de sobrevivência - da espécie.         Fica evidente, portanto, a necessidade uma resposta contundente aos vetores antes que os problemas ambientais tornem-se irremediáveis. Nesse sentido, cabe às organizações internacionais, como a ONU, promover o investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitem o desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo, também devem estimular a criação de "ações em redes"- deixando claro, de maneira pedagógica (por meios de posts nas midias sociais) os perigos da inércia- da população na identificação - e quando possível na resolução - dos problemas ambientais. Assim, será possível, com o tempo, deixar claro a importância que cabe a esse tema e a necessidade de revisar a relação que o homem vem estabelecendo com a natureza.