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Enviada em: 02/05/2018

No século XVIII, formou-se o movimento literário conhecido como Arcadismo. Baseando-se em ideais iluministas, pregava o culto a uma natureza serena, livre de intervenções antrópicas, como um local de repouso e tranquilidade. Contudo esse viés ambientalista não é visto no mundo moderno pós-industrial, uma vez que o meio ambiente deste se encontra ameaçado pela volumosa interferência humana, seja pelo modelo de produção atual, seja pela configuração energética global.         Ao se analisar historicamente as diversas fases do Capitalismo, tem-se que tal modelo econômico atua como uma das principais causas do hodierno paradigma ambiental. Objetivando a produção de excedentes comercializáveis para a venda em mercados externos, ocorre uma grande exploração dos recursos minerais e vegetais, cujo caráter predatório, conforme o Departamento de Meio Ambiente da ONU, é prejudicial à biosfera. No contexto brasileiro, por exemplo, isso pode ser evidenciado a partir da situação do Cerrado, cujo desmatamento, provocado historicamente pela expansão da agropecuária de exportação, reduziu sua área à metade de que era há 150 anos; colocando, assim, 1440 de suas espécies nativas em risco de extinção, segundo estudos da Biologia.        Outro importante fator que dificulta a relação da humanidade com o seu meio é a dependência da matriz energética mundial de fontes de energia poluentes e não renováveis. Desde a 1° e a 2° Revoluções Industriais, baseadas no carvão e no óleo respectivamente, a atmosfera terrestre tem sido atingida pela acentuada emissão de gases estufa, como os óxidos de carbono e de enxofre, provenientes da queima desses combustíveis extraídos das bacias sedimentares. Em virtude disso, conforme a Geografia, impactos ambientais consequentes, como a chuva ácida, a qual causa a acidificação dos hidrossistemas e a corrosão de estruturas arquitetônicas, e o aumento gradativo das temperaturas globais, que prejudica a agricultura e a configuração dos ecossistemas, são propagados.       Sendo assim, são necessárias as medidas corretas para que esse cenário possa ser remediado. Primeiramente, a ONU deve planejar conferências com o intuito de implementar novos tratados internacionais que inibam o extrativismo predatório e que regulem as atividades do setor primário, de forma a garantir a sustentabilidade dos biomas e a exploração saudável do meio ambiente. Paralelamente, deve também propor diretrizes que incentivem o uso de fontes energéticas limpas e renováveis, como a eólica, a solar e a maremotriz, aos países do mundo, de forma que seja reduzida a subordinação da sociedade à queima de hidrocarbonetos fósseis. O Governo Federal brasileiro, por sua vez, deve investir verbas e recursos humanos ao Ministério do Meio Ambiente, com o fim de minimizar os impactos degradantes no Cerrado. Apenas assim, a Terra e a humanidade viverão em harmonia.