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Enviada em: 18/06/2018

No Egito Antigo, acreditava-se que homem e natureza deveriam conviver em harmonia, o que é consoante ao pensamento de Paul Watson, cofundador da Greenpeace, ao definir inteligência como a habilidade das espécies de viver em harmonia com o meio ambiente. Entretanto, tal relação com a natureza não se estendeu até os dias de hoje. Nesse contexto, deve-se analisar como a falta de consciência ambiental e a ineficiência das políticas ecológicas influenciam na problemática em questão.    A ausência de uma consciência ambiental na maioria das pessoas é a principal responsável pela conturbada relação entre ser humano e meio ambiente. Isso decorre do fato de que as pessoas não são educadas com o objetivo de se verem como responsáveis pela natureza e pelos impactos que suas ações causam nela. De certo, isso remete ao dizer de Paulo Freire no qual a educação deve visar à formação de cidadãos críticos, o que não ocorre na maior parte das escolas hodiernas. Por consequência, são raras as situações nas quais a população se vê como responsável pelo lugar em que vive, como ocorrido no morro do Vidigal, por exemplo, na qual os moradores da favela contribuíram para a restauração do lugar ao plantar mais árvores e reciclar.    Além disso, nota-se que a ineficácia das políticas ambientais também é responsável pela dificuldade nesse relacionamento entre as pessoas e a natureza. Isso acontece porque, apesar de existirem diversas leis e políticas voltadas à manutenção e restauração do meio ambiente, interesses econômicos, vindos majoritariamente dos setores agropecuários, desconsideram elas e ainda assim saem impunes. Muitas empresas, por exemplo, se instalam em áreas protegidas por lei e e não enfrentam as devidas consequências. Logo, apesar dessas leis e projetos serem sancionados, não têm efetiva aplicação, o que continua a prejudicar os ambientes naturais.    Torna-se evidente, portanto, que a questão ambiental precisa ser revisada. Em razão disso, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com pedagogos, deve incluir integralmente a discussão sobre a natureza e relação dos seres humanos com ela nos ambientes escolares por meio da inclusão do debate sobre o assunto de forma interdisciplinar, de forma a fomentar a consciência ambiental nos alunos. Ademais, é imprescindível a imparcialidade do Poder Judiciário quanto a casos de infringimento da lei por grandes empresas exploradoras, obtida por meio da atuação de órgãos que tenham por objetivo fiscalizar o Judiciário, para que, assim, as leis e políticas ecológicas sejam efetivadas. Dessa, forma, consoante ao pensamento de Paul Watson, os seres humanos viverão em harmonia com o meio ambiente.