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Enviada em: 26/06/2018

A obra intitulada "A morte de Ivan Ilitch", de Liev Tolstói, discorre a respeito da falta do senso de coletividade e crítica o individualismo. Apesar de toda a subjetividade, a trama serve como um gancho para abordar sobre a postura antropocêntrica acerca do meio ambiente a partir do momento que é corroborado a dicotomia existente entre cultura de manutenção e tendências de exploração exacerbada. Dessa forma, faz-se necessária uma análise da problemática e seus impactos no âmbito político e social, além de soluções para combatê-la.  É necessário considerar, antes de tudo, o antagonismo existente nos discursos de práticas sustentáveis. Os povos autóctones são marcados pela cultura de subsistência, ou seja, usufrui da natureza apenas o essencial para sua sobrevivência. Nesse sentido, é notório que as tentativas de obter atos sustentáveis não são máximas exclusivas do mundo moderno. Afinal, a modernização trouxe consigo obstáculos a serem vencidos, por exemplo, a degradação ambiental em prol do consumo humano. Embora hajam tentativas de preservar os bens naturais para gerações futuras pautadas, principalmente, em conferências e acordos ecológicos, como, Rio+20 e Protocolo de Kyoto, respectivamente, a sociedade caminha em sentido retrógrado.    Convém analisar, também, que o consumismo latente é um dos principais impasses. O Ciclo de Obsolescência Programa (COP) é a redução da vida útil de um produto visando o consumo de versões mais recentes.Tal fato é corroborado ao citar as lâmpadas do século XX que tinham uma vida útil média de 2.500 horas. Entretanto, após a chegada da globalização, o tempo de vida útil foi reduzido abruptamente para 1.000 horas. Assim, é notório que há um estopim para o uso desenfreado dos recursos naturais. Pois, uma vez que a sociedade é marcada pela efemeridade das relações - postulado exposto pelo sociólogo Zygmunt Bauman -, é introduzida no setor de consumo a tendência de atender aos anseios individuais e mercadológicos.     Fica claro, portanto, que para tornar viável a efetivação da postura sustentável, fazem-se necessárias resoluções para minimizar a problemática. É de suma importância que ONGs, junto com o Ministério do Meio Ambiente, invistam e fiscalizem as leis já existentes, por meio de políticas públicas que visem a preservação e uso controlado do meio ambiente, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis aos que infringirem o setor legislativo. Por fim, a mídia, como grande formadora de opiniões, deve utilizar a ficção engajada ou jornais na tentativa de mudar a postura individual, seja por meio do uso de dados, matérias jornalísticas ou documentários sobre os impactos ambientais. Só assim, com a mobilização de um todo, haverá mudanças na liquidez de Bauman.