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Enviada em: 25/05/2019

Durante os períodos em que os indivíduos da sociedade se organizavam, majoritariamente, em grupos de coletores-caçadores e de agricultores de subsistência, a relação dos homens com meio ambiente era harmônica, já que aqueles não destruíam o espaço natural em prol das suas necessidades. Entretanto, com o advento das revoluções industriais no mundo, influenciando o crescimento populacional, e logo a exploração demasiada do meio, o convívio entre o humano e o ambiente se tornou desequilibrado. Apesar de o Brasil ser signatário em reuniões mundiais de defesa ambiental, e de ter em sua Constituição, a preservação dos ecossistemas como dever do Estado e do cidadão, o país enfrenta desafios para estabelecer uma conciliação entre seus habitantes e sua ambiência.    Em primeiro plano, destaca-se a negligência do governo brasileiro com as questões ambientais. Este fato ficou ainda mais evidenciado em 2017, quando, o então, presidente da República, Michel Temer, tentou liberar, mediante um decreto, a mineração na Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na Amazônia. Caso a liberdade fosse dada aos mineradores, além de a vegetação local ser removida e de os animais silvestres serem obrigados a mudar de habitat, os recursos hídricos das proximidades ficaram contaminados por produtos químicos, inibindo seu uso. Assim, se os órgãos competentes, responsáveis por manter a ordem local, não se comprometem com a defesa e com a preservação ecossistêmicas, a reestruturação da relação entre o homem e o meio ambiente permanece inviável.     Ademais, a falta de conhecimento da maioria dos brasileiros sobre a importância da manutenção dos biomas é um fator que se apresenta como gargalo para o estabelecimento de uma relação entre o homem e o meio ambiente. Segundo dados da revista "Guia do Estudante", entre os anos de 2015 e de 2017, devido, sobretudo, a expansão das fronteiras agrícolas para o desenvolvimento do agronegócio (atividade mais rentável à nação),o desmatamento de áreas naturais teve um aumento significativo. Esse crescimento deve-se, concomitantemente, à globalização e ao capitalismo financeiro, que estimulam parte dos indivíduos a lucrarem a qualquer custo e, também, ao fato de as consequências geradas pelos impactos atuais não serem imediatas. Dessa forma, sem a consciência dos cidadãos perante as causas ambientais, a destruição do meio ambiente tende a elevar-se cada vez mais.      Em vista disso, cabe ao governo brasileiro se preocupar com a preservação ambiental, assegurando o cumprimento da Constituição federal, não permitindo, para isso, atividades extrativistas e agropecuárias em locais de conservação natural, punindo, se preciso, por multa e detenção, quem desobedeça tal restrição. Compete, também, aos órgãos competentes veicular, nos meios de comunicação, propagandas que informem aos cidadãos sobre a importância de cuidar do ambiente.