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Enviada em: 07/07/2018

Na sociedade contemporânea, a relação entre o homem e o meio ambiente apresenta-se como um desafio de caráter social. Isso se deve, sobretudo, à exploração desenfreada dos indivíduos com o meio ambiente na busca por lucros e desenvolvimento, associada à falta de políticas públicas mais expansivas que visem estabelecer um limite às práticas explorativas. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando ao enfrentamento dessa questão.       Em verdade, a exploração dos recursos naturais é uma prática histórica nas sociedades, durante a fase do Romantismo na Literatura brasileira, autores, como José de Alencar, exaltaram a relação do índio com a natureza, como sendo de subsistência, exploração saudável e cooperativa. No entanto, esse modo de se utilizar da fauna e flora não é mais prevalente na sociedade moderna, já que o homem tende a visar apenas o lucro e o desenvolvimento, deixando de lado os princípios éticos e morais essenciais para o convívio social passando a explorar de forma continua os recursos naturais. Assim, a continuidade de práticas extrativistas predatória da madeira, por exemplo, é metonímia cabal da ambição humana, uma vez que, como princípio do capitalismo, o lucro está acima de qualquer consciência ambiental. Isso acaba contribuindo para o aumento nos índices de desmatamento e poluição no país.      Outrossim, demostra uma falha na conduta de escolas e universidades no tocante ao ensino de práticas geradoras de atuação social de crianças e jovens, pois são esses segmentos que herdarão o legado de uma sociedade que vive, muitas vezes, despreocupada com as consequências de uma relação degradante com a natureza. Além disso, é necessário atenuar aos legados transmitidos pela Carta da Terra, que é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século XXI, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica, para que verdadeiras tragédias, como o rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a acontecer. Isso só será possível com políticas públicas de planejamento e de prevenção.        Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de enfrentar os desafios em torno da relação entre o homem e o meio ambiente. Para tanto, cabe ao Governo Federal criar mais políticas públicas que visem combater a exploração excessiva e desnecessária de recursos naturais, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas ou Estados responsáveis por acidentes. Cabe-lhe, ainda, em parceria com as instituições educacionais, introduzindo no currículo escolar discussões mais expansivas sobre a importância da preservação ambiental, aumentando a carga horaria de disciplinas como a geografia e a biologia, com intuito de ampliar o conhecimento sobre as consequências dessa questão. Ademais, cabe às ONGs criar projetos e debates com especialistas, mensalmente no âmbito social, visando mostra aos indivíduos as consequências geradas pelas práticas de exploração dos recursos naturais.