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Enviada em: 17/07/2018

A prática de relacionar elementos da natureza à deuses era comum no Antigo Egito, grande império que possuía uma relação harmônica em relação à natureza. No entanto, quando se observa a relação do homem contemporâneo com o meio ambiente, percebe-se que essa, diferente do que ocorria no Egito Antigo, é marcada pela exploração natural desmedida, gerando desafios cada vez mais díficeis de serem solucionados. Desse modo, verifica-se que o problema persiste ligado à realidade mundial, inclusive no Brasil, seja pela exploração capitalista, seja pela negligência governamental e populacional.   É importante notar, a princípio, que a ascensão do sistema capitalista é um fator preponderante para a manutenção do impasse. A esse respeito, o geógrafo Milton Santos crê que por trás de um sistema hipercapitalista que possívelmente deu certo, existe, na realidade, diversos problemas sociais e ambientais desencadeados por tal. Desse modo, a priorização do lucro se sobrepõe à questões ambientais, e não raramente, a exploração demasiada dos recursos naturais - tais como a água, a fauna e a flora- bem como a poluição ambiental são consequências diretas das atitudes humanas veinculadas à ganância por dinheiro. Consecutivamente, segundo estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), o ser humanos já extraíu cerca de 70% de todo o recurso natural do planeta terra.  É necessário, ainda, perceber que a negligência do Governo e dos cívicos também explica a relação desarmônica atual perante o ambiente natural. Sendo assim, apesar da existência de leis relacionadas à proteção do meio ambiente na Constituição de 1988, a falta de cobrança populacional e a ausência de medidas dos dirigentes do Estado mostram que a lei já prevista na Magna Carta brasileira não é aplicada pelo Poder Executivo do país. Dessa maneira, assim como dito pelo filósofo Habermas, na sua teoria da banalização do mal, o problema é naturalizado e consequentemente nada é feito para mudar o paradigma atual.  Torna-se evidente, portanto, que existe um impasse na relação do homem com a natureza, sendo necessário medidas a fim de atenuar tal desafio. Nessa perspectiva, o Governo deverá promover subsídios com empresas, de modo a reduzir ou ainda isentar de determinados impostos àquelas que promovam um crescimento econômico baseado na sustentabilidade, ou seja, sem a exploração ou poluição ambiental do ecossistema. Por fim, ativistas sociais, juntamente às Ongs, deverão promover passeadas e protestos com o fito de pressionar os demiurgos indiferentes à causa para que esses deliberem acerca de medidas para conservação ambiental. Somente assim, a longo prazo, ter-se-á uma realidade análoga à encontrada durante o Egito Antigo.