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Enviada em: 30/07/2018

José de Alencar, escritor indianista, expôs em suas obras a boa relação do índio com a natureza, visto que a tribo usufruía da terra de forma consciente e saudável. Entretanto, as gerações posteriores de brasileiros não mantiveram esses bons costumes. Desse modo, ações antrópicas vêm gerando mudanças significativas e consequências irreversíveis para a natureza, tornando desafiadora e insustentável sua relação com o homem hodierno.   Em primeira análise, destacam-se as intensas transformações sofridas pelo mundo natural, consequentes da sua torpe relação com a humanidade. A geologia divide a história terrestre em eras de milhares de anos, o Homo sapiens, por exemplo, é um “acontecimento” da era vigente até então. Porém, conforme estudos da área, o homem vem causando mudanças tão intensas que já justifica-se uma nova classificação para a atualidade: o antropoceno, período que vem sendo marcado por desmatamento, emissão expressiva de gases poluentes e geração efusiva de lixo. Depreende-se disso urgência em medidas que melhorem essa relação.  Outrossim, a falta de sustentabilidade e preocupação com a natureza ocasionam desequilíbrios irreversíveis nos ecossistemas. A União Internacional de Conservação da Natureza diz, em suas pesquisas, que existem mais de cinco mil espécies em risco iminente de extinção. A priori, vê-se o desaparecimento de uma espécie como uma fatalidade ocasional, entretanto, ele causa instabilidades ecológicas profundas, como o aparecimento de pragas e a extinção de espécies ecologicamente vinculadas à primeira. Urgem-se, portanto, atitudes que visem contornar o problema.  Destarte, fazem-se necessárias medidas e atitudes que equilibrem novamente o vínculo do humano com o natural. Visando isso, órgãos internacionais, como a ONU, deveriam efetuar políticas públicas que regulamentem a utilização de recursos naturais por empresas e grandes proprietários de terra. Além disso, o Ministério da Educação brasileiro deve propor o estabelecimento da disciplina “Impactos Ambientais” na carga horária obrigatória da educação básica, objetivando incutir nas crianças e adolescentes as possíveis consequências da atual relação homem-natureza.