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Enviada em: 07/10/2018

O modelo econômico do Neoliberalismo, desenvolvido por Milton Friedman, passou a ser adotado por diversos países desde a implantação do capitalismo no cenário mundial. Em vista disso, as economias nacionais passaram a ser direcionadas pelas grandes empresas, as quais exploram os recursos naturais predatoriamente, no intuito de suprir suas relações comerciais. Posto isso, percebe-se que há um desequilíbrio na relação entre homem e meio ambiente, uma vez que situações de degradação ambiental preponderam em detrimento da de ações sustentáveis, fato que estabelece um contexto errôneo de negligência perante as questões ambientais em sociedade.      Inicialmente, é necessário atinar para os fatores que promovem tal relação desarmônica entre homem e natureza. Assim sendo, pode-se destacar o fator econômico como principal responsável, posto que, com o advento da globalização, inúmeras empresas difundiram-se em busca de novas áreas com recursos energéticos e matérias-primas essenciais ao seu desenvolvimento industrial. Desse modo, o meio ambiente apresenta-se mercantilizado, visto que nações tendem a disponibilizar incentivos fiscais para que multinacionais possam se instalar em seus territórios e, assim, aprimorar o lucro do Estado. Dessa forma, por consequência dessa gestão neoliberal, empresas manipulam as legislações ambientais no intuito de explorar os biomas de modo imprudente, fomentando, além da poluição local, o desrespeito aos ciclos de reposição natural desses ecossistemas.         Ademais, é válido destacar que tal desequilibro nas relações entre homem e meio ambiente possui baixa representatividade midiática, fazendo com que as próprias populações desconheçam os perigos dessa negligência ambiental. Nessa conjuntura, pode-se ressaltar a citação do educador Paulo Freire de que “ninguém luta pelo que não entende e ninguém transforma aquilo que não conhece”, a fim de demonstrar como a reduzida circulação de informações inibe a problematização perante ao meio ambiente e desestimula, assim, debates de sustentabilidade e preservação ambiental em sociedade.        Torna-se evidente, portanto, que a relação entre homem e meio ambiente encontra-se deturpada pelo lucro empresarial e pela reduzida representatividade social. Visto isso, faz-se necessário que o Governo mitigue a degradação ambiental, por meio de legislações rígidas e fiscalizações constantes nas áreas florestais, com a finalidade de impossibilitar a exploração predatória dos recursos e resguardar os ecossistemas. Semelhantemente, escolas e ONG’s, com campanhas midiáticas, devem difundir práticas de sustentabilidade em sociedade, com o intento de aprimorar o conhecimento populacional sobre o cenário desarmônico no qual a natureza se encontra e permitir, enfim, que a preservação ambiental seja amplamente debatida no contexto mundial.