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Enviada em: 15/10/2018

No século XIX, o momento literário brasileiro foi marcado pelos romances indianistas, os quais tinham como principais características a valorização da cultura, fauna e flora nativas. No entanto, essa exaltação foi substituída pelos ideais modernistas de desenvolvimento e lucratividade. Sob essa ótica, compreender os fatores que levam o meio ambiente à máxima degradação é substancial para a promoção de resoluções, uma vez que ações antrópicas realizadas contra a natureza e políticas econômicas expansionistas são notadas.    É preciso considerar, antes de tudo, que o processo antropogênico, relacionado ao desenvolvimento da humanidade causa desequilíbrios ecológicos, tal como o aumento da poluição e mudanças climáticas. Essa realidade é explanada pela revista Planeta, a qual demonstra que estamos prestes a vivenciar um novo período denominado "Era da Humanidade", de modo que as profundas calamidades deixadas na Terra pelo ser humano são extremas e comparáveis a processos naturais como asteroides e vulcões. Tal conjuntura, em consonância com a Teoria do Heliocentrismo de Nicolau Copérnico, a qual não somos o centro do universo, mostra a necessidade de transformação de perspectivas, a fim de mitigar tais mazelas sócio-ambientais.    É válido destacar, ainda, que a precarização ambiental persiste intrinsecamente relacionada à lógica capitalista. Sob esse panorama, em um contexto neoliberal, as empresas e os Estados buscam maximizar seus lucros, ainda que para isso, culmine em tragédias no meio natural. Prova disso, é que, apesar do Brasil ser signatário e sede de conferências a favor da sustentabilidade como a "ECO 92" e a "Rio+20", o país demonstra pequeno compromisso com a preservação ambiental, a exemplo de recentes desastres como o vazamento de óleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, em 2011 e o rompimento da barragem de Mariana, Minas Gerais, em 2015. Esse contexto aponta para a ação urgente de entidades como a ONU, haja vista que as esferas federais estão inerentes à essa contenda.    Evidencia-se, portanto, que a busca pelo desenvolvimento aliado ao enriquecimento exacerbado pelo homem, acarreta consequências drásticas à natureza. Para contrapor essa situação, a ONU deve criar acordos mundiais, por meio do apoio das superpotências, de maneira a promover políticas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, ao passo que aplique multas às instituições responsáveis. Outrossim, em âmbito nacional, o Ministério do Meio Ambiente em ação conjunta com a mídia, deve elucidar a população acerca do valor da preservação da fauna e flora, através de novelas e propagandas, para criar uma mobilização social em prol dos recursos naturais. Destarte, será possível a exaltação do ecossistema, assim como feito pela nossa história literária.