Materiais:
Enviada em: 24/10/2018

Consumista, instrumental e irresponsável. Esses termos configuram a relação entre a sociedade e o meio ambiente dos dias de hoje. A partir do século XVIII , com o advento da Revolução Industrial na Inglaterra, as matérias-primas naturais tiveram uma utilização com crescimento exponencial, caracterizando uma realidade social de insustentabilidade e que pode daqui a poucos anos gerar consequências extremamente danosas à vida na Terra. Diante do exposto, é evidente que a relação entre homem e o espaço ambiental apresenta diversos desafios , os quais só podem ser combatidos com ações lógicas, práticas e eficientes.  O filósofo alemão Hans Jonas, autor de "O Principio da Responsabilidade", define em seu livro  o termo bioética como sendo a palavra que relaciona a natureza com uma cultura saudável e ainda transcreve em sua obra sobre como o homem é o agente ético responsável por manter o equilíbrio entre a o desejo de consumir e a produção humana . Nos dias de hoje, as teorias de Hans ganham uma roupagem preocupante, visto que a cultura do consumismo, criada pelas industrias, adestra cidades e pessoas a adquirir cada vez mais aquilo que o mundo tem a oferecer em commodities, estimulando um fetichismo pela mercadoria, o qual tem extirpado a bioética das relações do homem com a natureza.  Outrossim, o equilíbrio entre consumo e produção tem sido quebrado pela lógica de lucratividade excessiva do grande mercado. Essa instabilidade tem como maior refém a natureza, que sofre desde o processo de produção comercial com a retirada, excessiva e muitas vezes ilegal,  das matérias-primas até o descarte desses produtos, visto que, como agravante, a obsolescência programada é uma realidade na sociedade em geral e aumenta exponencialmente a quantidade de produtos descartados, geralmente, da maneira incorreta, seja nos centros urbanos, em terrenos baldios, locações abandonadas ou em lixões à céu aberto.    Portanto, para que os desafios que existem na relação homem-meio ambiente sejam superados tornam-se imprescindíveis medidas práticas de ação conjunta. É preciso que o Ministério do Meio Ambiente em parceria com as industriais instaladas em território nacional assinem um acordo que isente algumas taxas das empresas que conseguirem emitir menos poluição e ao mesmo tempo estimulem essas empresas a entrar no mercado do crédito de carbono. E também entrem em um acordo bilateral que dê vantagens locacionais às empresas que conseguirem destinar os resíduos de seus produtos aos pontos de reciclagem. Tais medidas criaram uma atmosfera saudável de competição entre as empresas em busca de métodos inovadores para evitar a degradação do meio ambiente, gerando vantagens para elas mesmas, para as cidades e para comunidade em geral..