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Enviada em: 22/10/2018

Apesar do conhecimento desenvolvido sobre formas de plantar que protegessem o solo durante a Idade Média, os portugueses muitas vezes utilizaram técnicas prejudiciais na terra para que se podesse cultivar no Brasil, como queimadas frequentes. Mesmo com 500 anos após a chegada dos europeus, o descaso com meio ambiente persiste, seja pela questão legislativa, seja pelo papel social.    Em primeira análise, a constituição federal prevê, em seu artigo 225, que o Poder Público deve garantir a preservação do meio ambiente, para que a geração presente e as próximas possam gozar de um ambiente equilibrado ecologicamente. Entretanto, lamentavelmente, tal conceito encontra-se deturpado do país, já que para o setor industrial existe a presença de leis brandas no que tange os limites da exploração e da poluição. Nesse sentido, depreende-se um paradoxo legislativo, uma vez que as normas constitucionais representam a máxima hierarquia do país.    Aliado a isso, pode ser citado a falta consciência sobre os problemas ambientais como impulsionador do impasse. Segundo Paulo Freire, a educação não muda o mundo, porém ela tem a capacidade de transformar as pessoas que, por sua vez, podem mudar o contexto social. O pensamento do filósofo brasileiro pode ser tido como uma máxima, mas a ausência de debates no meio escolar sobre a importância da preservação gera uma nação inerte no requisito do respeito e da proteção do espaço que estão inseridos. Desse modo, as mudanças não acontecem.    Portanto, urge ações que combatam o entrave. O Poder Legislativo deve modificar as leis ambientais existentes, por meio de emendas constitucionais, com medidas mais enérgicas que promovam a garantia de um sistema ambiental mais equilibrado, tal projeto deve ser auxiliada por meio da contratação de cientistas que possam estipular até que pontos a poluição e exploração possam ocorrer. Além disso, Machado de Assis, no seu livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas", disserta e comprova como todo adulto carrega um pouco do que foi quando criança. Por esse ângulo, caso os pequenos não sejam ensinados corretamente, ocorre a produção de indivíduos que não se preocupam com a natureza. Logo, o MEC em parceria com as instituições de ensino devem estipular nos calendários escolares palestras que denotem a importância individual para a construção de um novo mundo.