Interação saudável Durante o século XX, o estímulo à produção industrial, por Getúlio Vargas, e o incentivo à integração nacional, de Juscelino Kubitschek, foram fatores que influenciaram o desenvolvimento econômico do Brasil. Contudo, com a perpetuação desses estímulos, houve um aumento exacerbado na produção e no consumo, levando a uma dicotomia hodierna: a linha tênue entre o homem e meio ambiente. Nessa perspectiva, fica evidente a ausência de um equilíbrio entre a economia e a sustentabilidade, o que, de fato, afasta o país do pleno e almejado desenvolvimento nacional, seja pela ineficácia de políticas públicas ambientais, seja pelo egocentrismo. A princípio, destaca-se as políticas públicas ambientais ineficazes como impulsionadoras do desafio da relação entre homem e meio ambiente. Considerado um dos maiores filósofos da humanidade, Aristóteles previu que, para haver equilíbrio social, a política é deveras importante. Sob tal ótica, nota-se a responsabilidade do Estado de atenuar conflitos que prejudiquem o corpo social, como a desenfreada ação humana sobre o meio ambiente, uma vez que sua degradação afeta a vida como um todo e desequilibra as relações socioambientais. Desse modo, evidencia-se a ineficiência das políticas sustentáveis como um dos principais desafios dessa relação. Há de se considerar, também, o antropocentrismo como vetor dessa problemática. Durante o Renascimento, o homem configurou-se como lugar central de suas ações, potencializando o individualismo e afetando toda sua cultura. Com isso, essa tendência assumiu um papel negativo na vida em sociedade - como sua relação com o meio ambiente - tendo atos pautados apenas visando seu bem estar. Dessa maneira, torna-se evidente que que o egocentrismo afetou a relação do homem com o meio, haja vista a utilização exacerbada do ambiente visando a maximização dos lucros para o indivíduo, sem se preocupar com os danos causados. Infere-se, por conseguinte, que a linha entre o homem e o meio ambiente é algo tênue. Nesse sentido, o Poder Público, por meio do Ministério do Planejamento, deve reformular as políticas nacionais ambientais e as tornarem efetivas para garantir a preservação e a sustentabilidade do ecossistema, com parte do dinheiro arrecadado pelo PIB. Com isso, ocorrerá uma maior fomentação dessas políticas, atenuando o desequilíbrio entre a sociedade e o meio. Ademais, as ONGs devem promover projetos e palestras com biólogos e economistas nas empresas, por intermédio da divulgação nas redes sociais, com o fito de potencializar uma economia verde e atenuar as ações pautadas apenas no eu. Assim, poder-se-á, aos poucos, ter uma interação saudável entre o homem e seu ecossistema.